A murcomicose, popularmente conhecida como “fungo negro” está atingindo a Índia, onde já foram registrados mais de 9 mil casos de infectados, e, em menor escala, o Brasil. Em nota à BBC, o Ministério da Saúde brasileiro disse que 29 pacientes já foram identificados com o fungo no País.
Com alto índice de letalidade, o fungo negro não é novidade para as autoridades sanitárias, já que somente no ano passado mais de 36 casos foram registrados pelo governo. O que preocupa, no entanto, é o relativo descontrole da pandemia da covid-19 nacionalmente, que em conjunto com a murcomicose, pode causar ainda mais problemas para os órgãos de saúde.
O fungo negro ocorre quando há exposição a um tipo de mofo encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. A mucormicose afeta os seios da face, cérebro e pulmões, além de poder ser fatal em diabéticos ou em indivíduos gravemente imunodeprimidos.
A taxa de mortalidade geral é de 50% e pode ser desencadeada pelo uso de esteroides, tratamento que é usado na recuperação de casos graves de covid e pessoas com doenças críticas.
Em situações normais, o sistema imunológico consegue combater o avanço do fungo e evitar agravamentos, mas em cenários onde o corpo está debilitado, como na covid-19, o mecanismo de defesa pode não dar conta de conter a murcomicose.