Reunião entre governo e professores não acontece e greve se aproxima de 1 mês

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Welington Sabino/ GD

A greve dos professores da rede estadual de ensino deflagrada no dia 12 de agosto está próxima de completar 1 mês e a promessa do governo do Estado em apresentar uma proposta condizente com as reivindicações da categoria não aconteceu, conforme prometido ao longo dessa semana e por isso, os trabalhadores seguem irredutíveis, todos com os braços cruzados. Afirmam que a atitude do governo do Estado, que adiou uma reunião prevista para essa semana, só mostram o “descompromisso do Executivo com a categoria”.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) presidido pelo professor Henrique Lopes do Nascimento, o governo estadual ao adiar o encontro com os servidores alegou que precisa de um tempo para analisar os estudos encaminhados pela Secretaria Estadual de Educação comandada por Ságuas Moraes e que está participando das negociações. Aliás, Ságuas disse nesta terça-feira (03) que apresentaria até o final daquele dia uma nova “proposta viável” aos trabalhadores, mas isso não aconteceu.

Dessa forma, o governo do Estado informou aos professores que terá um posicionamento a partir desta segunda-feira (09). Enquanto isso, a greve continua em mais de 90% das 744 escolas estaduais e também atinge o mesmo percentual dos 38 mil servidores da pasta, entre professores e demais profissionais que atuam no suporte pedagógico, limpeza e outras áreas de secretarias e assessorias pedagógicas. Cerca de 500 mil estudantes seguem sem aula enquanto as conversas entre governo e sindicalistas não termina em acordo que suspenda a greve.

Otmar de Oliveira
Greve dos professores está próxima de completar um mês no Estado

Os professores exigem a aplicação dos 35% dos recursos do Estado em educação, a realização de concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimento nas unidades escolares e compromisso de valorização profissional do trabalhador por meio da dobra do poder de compra num prazo de no máximo 7 anos. O presidente do Sintep, Henrique Lopes ressalta que mais de 50% dos servidores são contratados e não concursados e por isso, cobram do governo a convocação imediata dos servidores classificados no concurso de 2010 e que lance novo concurso para a educação.

“O Silval havia autorizado os 27,2% das receitas para a educação ao secretário de Ságuas Moraes e na sequência fizemos o grupo de trabalho. Mas, hoje pediu tempo para analisar. Desta forma o que temos a reafirmar é que a greve continua diante da ausência de respostas”, ressaltou o sindicalista ao informar e lamentar pela reunião que foi adiada.

O impasse persiste porque de um lado o governo alega não ter condições financeiras para conceder os reajustes pleiteados e atender as demais reivindicações enquanto do outro, os representantes do Sintep afirmam que é possível aplicar o reajuste de 10,41% este ano retroativamente com a perspectiva de atender a reivindicação dos trabalhadores e por consequência prestar mais qualidade do serviço à população. Para isso, Henrique Lopes lembra que a Constituição Estadual prevê 35% dos recursos advindos da receita do Estado sejam destinados à educação e por isso, o governo ignora o mínimo determinado.

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