Fernando Ordakowski
Candidatos hoje fora da AL, como Teté, Baiano, Carlão, Emanuel Pinheiro e Ezequiel são tidos como favoritos
A renovação de cadeiras de deputado na Assembleia não deve chegar a 50%. Embora estejam na disputa 307 candidatos pelas 24 vagas, é possível arriscar os nomes dos favoritos, levando-se em consideração densidade eleitoral, resultado das pesquisas de intenção de voto, estrutura, partido e coligação.
Dos 24 parlamentares, 4 estão de fora da reeleição: Otaviano Pivetta (PDT), Antonio Brito (PMDB), Dilceu Dal Bosco (DEM) e Ságuas Moraes (PT). Entre os dirigentes partidários, já existem "lista dos eleitos" e nela não estão incluídos deputados como Vilma Moreira (PSB), Nilson Santos (PMDB) e até mesmo o polêmico Gilmar Fabris (DEM), que está com o registro indeferido. Em meio a tantas conjecturas, a tendência é de apenas 7 entrarem como "caras novas", embora alguns destes já tenham exercido antes mandato de deputado.
No PMDB, por exemplo, a prioridade da cúpula conduzida pelo cacique Carlos Bezerra é da eleição da ex-deputada federal Teté Bezerra. Depois vem o deputado Wallace Guimarães, o ex-secretário de Estado de Esportes e Lazer Baiano Filho, que construiu base forte em Sinop e no Araguaia, e o deputado Adalto de Freitas, o Daltinho. Esses peemedebistas ainda brigam por espaço na coligação considerada a mais "pesada" de todas, pois se juntou ao PR e ao PT. O bloco espera eleger até 12, considerando o quociente eleitoral de 65 mil votos por partido e/ou coligação.
Entre os republicanos, o deputado Sérgio Ricardo é apontado como espécie de "puxador de votos". Surgem como favoritos também à reeleição Mauro Savi, Sebastião Rezende, Jota Barreto, Wagner Ramos e João Malheiros. Cada um lança um trunfo. Rezende, por exemplo, tem apoio da Igreja Assembleia de Deus. Malheiros recorre à Cuiabania. Correndo por fora há dois nomes fortes do PR com possibilidades de garantir vaga: o ex-deputado Emanuel Pinheiro e o empresário e ex-prefeito de Itiquira Ondanir Bortolini, o Nininho. No PT, os nomes com mais visibilidades são do deputado Ademir Brunetto, do suplente Alexandre Cesar e do vereador cuiabano Lúdio Cabral.
O PP disputa sem coligação. Aposta que conseguirá eleger ao menos 6. O "puxador de votos" é o deputado cassado José Riva, que teve mais de 80 mil votos em 2006. Com Riva, deve ser reeleito Maksuês Leite. Três do partido disputam o eleitorado na região Oeste, sendo eles os deputados Airton Português, de Araputanga; Antonio Azambuja, de Pontes e Lacerda; e o ex-presidente da AMM Ezequiel Ângelo da Fonseca, ex-prefeito de Reserva do Cabaçal. O ex-deputado Walter Rabello tenta reconquistar vaga. O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Deucimar Silva, também pode surpreender.
Oposição
Na coligação PSDB-DEM, a expectativa é de se eleger entre 3 e 4. Entre os democratas, os nomes mais fortes são dos deputados José Domingos e Chica Nunes, enquanto o tucanato conta com o deputado Guilherme Maluf e com os suplentes Carlos Carlão e Carlos Avalone. A Frentinha que tem o PTB como principal partido está convicta da eleição de ao menos um. Essa vaga é disputada pelo ex-vereador cuiabano Luiz Marinho e pelo ex-secretário de Saúde da Capital Aray da Fonseca. A coligação que aglutina PPS, PSB, PDT e PV deve eleger entre um e dois. Os favoritos são os deputados Percival Muniz e Pedro Satélite, enquanto o pedetista Alcino Barcelos, com empurrão do deputado Pivetta, corre por fora.