Relatório aponta que 80% dos prefeitos de MT vão à reeleição

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Mato Grosso é um dos estados brasileiros com maior número de prefeitos que podem disputar a reeleição. Ao todo, 113 de 141 gestores municipais (80,15%) têm direito a pleitear mais um mandato em outubro. O número está acima da média nacional de 70% divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O levantamento do país foi feito a partir de dados referentes aos últimos 12 anos. Dos 5.563 municípios brasileiros, em 3.302 (59,35%) os atuais prefeitos podem concorrer a um novo mandato. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, consultados pela entidade no mês de março, 2.418 (73,13%) prefeitos anteciparam que pretendem concorrer; outros 500 (15,14%) não concorrerão e, 333 (18,88%) ainda estão indecisos. Em 51 municípios a entidade não conseguiu contato com os atuais prefeitos.

Entre os 141 prefeitos de Mato Grosso, apenas 28 deles estão no segundo mandato e não podem pleitear mais 4 anos de gestão consecutiva. A favor dos que estão no exercício dos cargos estão a visibilidade das obras realizadas e a exposição que o cargo público traz.

O Estado com o maior número proporcional é o de Rondônia. Dos 36 prefeitos, 32 já decidiram concorrer e somente 2 indicaram que não participarão do pleito. No Amapá, dos 7 municípios onde pode haver reeleição, 6 já decidiram concorrer e somente 1 disse não.

A renovação no Estado poderá ser pequena também principalmente porque políticos que começaram a se projetar conseguiram chegar aos cargos de prefeito em pelo menos 8 cidades após as últimas eleições municipais (2008). Eles foram eleitos através de pleitos suplementares onde os gestores foram cassados, como é o caso de Alto Boa Vista, Santo Antônio de Leverger, Tangará da Serra, Novo Horizonte do Norte, Araguaia, Ribeirão Cascalheira, Novo Mundo e Campos de Júlio.

Mesmo tendo poucos meses à frente dos municípios, os prefeitos eleitos fora de época têm a vantagem de ficarem conhecidos há pouco tempo. Exemplo disso é o empresário Saturnino Masson (PSDB), eleito em outubro passado diante da cassação de Júlio César Ladeia (PR) e do vice José Jaconias (PT) por improbidade administrativa em Tangará da Serra.

Mesmo evitando admitir atualmente a pré-candidatura à reeleição, Saturnino Masson deverá fazer 2 campanhas em praticamente 1 ano. Ele foi o único eleito pela Câmara de Vereadores através de uma eleição indireta, pois a cassação dos antecessores ocorreu no segundo biênio do mandato. Nos demais casos, os atuais prefeitos foram eleitos diretamente pela população.

A eleição nas maiores cidades do Estado poderá contar com os atuais prefeitos, como é o caso de Cuiabá, onde Chico Galindo (PTB) tem direito à reeleição. Tião da Zaeli (PSD), de Várzea Grande, e Túlio Fontes (DEM), de Cáceres, admitem publicamente interesse em mais uma gestão. Segundo a Constituição Federal, detentores de mandato Executivo (presidente, governador e prefeito) podem ser candidatos a reeleição uma vez consecutiva.

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