Rede Cemat é campeã de reclamações do Procon

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Em todo o ano de 2011, o Procon/MT realizou 11.719 atendimentos, que englobam além de reclamações, dúvidas, pedidos de informações, entre outras coisas. Os números são referentes ao levantamento feito de 1 de janeiro a 30 de novembro. O líder de atendimentos é o setor de serviços essenciais, que somou 3.536 ocorrências. E dentro dele está energia elétrica, campeã com 1.246 atendimentos. Em segundo lugar está telefonia celular, com 1.139. E em terceiro lugar água e esgoto, com 574.

O número total de processos, conforme explica a superintendente do Procon/MT, Gisela Simona, traz um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, mas está dentro da média. A grande surpresa fica por conta da líder do ranking dentro do setor de serviços, a Energia Elétrica, que este ano supera a telefonia. "O que observamos é que as empresas que têm concorrência têm preocupação em melhorar o serviço. No caso da fornecedora de energia elétrica, como não há concorrente, nota-se que não há este interesse", coloca Gisela.

Em contrapartida, ela lembra que os consumidores estão mais atentos aos seus direitos, o que também faz com que as empresas busquem aprimorar o atendimento. Assim oferecem serviços mais eficientes e procuram solucionar eventuais problemas com rapidez. "O próprio Procon tem feito um trabalho de educar os consumidores para que eles procurem seus direitos", aponta.

Problemas no serviço – A principal reclamação referente a energia elétrica são as cobranças indevidas, em sua maioria quando o consumidor não concorda com o valor cobrado pelo consumo. Alguns consumidores acabam efetuando o pagamento e somente depois percebem que havia irregularidade. Neste caso, informa Gisela, que o cidadão tem direito ao ressarcimento em dobro. "O primeiro passo é recorrer à empresa – portando a fatura e o comprovante de pagamento – e informar o erro. Caso não seja resolvido, o consumidor deve então procurar o Procon".

Outro problema que gera reclamações é quanto ao atendimento e a oferta do serviço. No centro de Cuiabá é comum encontrar postes com a fiação irregular que acaba se tornando um risco para transeuntes e comerciantes. Erlon Sales, gerente da livraria Janina, conta que apenas este ano ficou sem energia na loja três vezes, em função de curto-circuito em postes da região central. "Quando isso acontece no meio da tarde, por exemplo, leva a tarde inteira para resolverem o problema. E sem luz não há condições de a loja funcionar, então ficamos completamente parados", conta.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) Paulo Gasparoto, outro fator extremamente grave é a demora no prazo para aprovação de projetos, vistorias, instalações e confecção de contratos. "A companhia tem se mostrado pouco interessada e empresas estão deixando de abrir em função disso", diz.

Gasparoto reitera que onde não há o aspecto concorrencial, o monopólio acaba se configurando em um grande transtorno aos consumidores que, por falta de opção, ficam dependentes de somente uma empresa.

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