Recuo de Jaime favorece a situação, diz Blairo Maggi

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Marcos Vergueiro

Governador Blairo Maggi, durante entrevista ao jornalista Antonio Carlos, da TV Record
BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO

 

 

O governador Blairo Maggi (PR), disse, em entrevista especial à TV Record (Canal 10), nesta sexta-feira (26), que o recuo do senador Jaime Campos (DEM) da disputa pelo Governo do Estado, contribuiu para ampliar as chances de o projeto de Governo de situação continuar no Palácio Paiaguás. "Se ele [Jaime Campos] fosse o candidato, teria boas chances de vitória. Ele sempre apareceu na frente nas pesquisas internas", afirmou.

Apesar do recuo do senador, Maggi classificou o quadro eleitoral ao Governo como indefinido, apostando que são grandes as possibilidades de a disputa seguirá para o 2º turno. Isso, colocando três candidaturas: vice-governador Silval Barbosa (PMDB), prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e o empresário Mauro Mendes (PSB). "Temos três pessoas qualificadas para pleitear o cargo, numa situação de indefinição", observou Jaime.

Na entrevista conduzida pelo jornalista Antonio Carlos Silva, Blairo Maggi foi questionado se existiria uma posição cômoda quanto ao novo governador, já que, na contextualização, todos seriam "amigos" dele – Silval seu sucessor, Mendes ex-companheiro e Wilson amigo da família. 

"A questão política não joga fora, nem valida a questão de amizade. Não se trata de questão pessoal, que não há problema, mas sim de questão política", destacou.

Apesar de confirmar o bom relacionamento pessoal com o grupo político de oposição, Maggi defendeu o nome de Silval Barbosa para dar continuidade ao trabalho desenvolvido por seu grupo político. Maggi ressaltou a preocupação de se criar um novo alinhamento político juntamente com o Governo Federal para os próximos anos. "O Silval conhece muito bem o Governo e pode dar seqüência naquilo que já está sendo feito", disse, ao lembrar, no início da entrevista, que recebeu "um Estado falido".

Senado

Sobre sua candidatura ao Senado, Maggi apresentou as primeiras metas que pretende defender em Brasília para Mato Grosso, caso seja eleito. "Uma das preocupações é a distribuição de receita tributária aos Estados. Justamente por isso, fui contra à última reforma tributária, pois tiraria uma grande quantia de recursos do nosso Estado. Acredito que essa questão deve ser debatida e elaborada no Senado", comentou.

Sobre a questão do Meio Ambiente, o governador reafirmou posições. "Acredito que o País tem direito de usar seus recursos naturais, mas com a preocupação de como isso será explorado. Sempre vou trabalhar no sentido de que possamos ajustar o desenvolvimento à preservação ambiental. Mato Grosso foi um dos estados que puxaram essa discussão".

Durante a entrevista, o governador também se posicionou radicalmente contra a divisão territorial do Estado de Mato Grosso.

O jornalista Antonio Carlos Silva questionou se o governador deixaria o mandato de senador para voltar a competir ao Governo do Estado em Mato Grosso, futuramente.

"Acredito muito que pessoas novas, com novas mentalidades, possam fazer a diferença. Cheguei a Mato Grosso com essa filosofia. Eu nunca voltei a uma experiência ao qual eu já cumpri e não pretendo retornar ao Governo, levando isso em consideração. Mas as pessoas ja estão contando que eu estou eleito. Ainda preciso conquistar cada voto para minha eleição", disse.

No fim do programa especial, Blairo Maggi respondeu a várias perguntas enviadas pelos telespectadores via e-mail. Ele ressaltou a importância do planejamento dentro da gestão pública, estabelecendo uma comparação com a gestão privada.

"Não é possível gerir um Estado sem planejamento. Temos a interferência direta da população e a obrigação do atendimento e solução de problemas, da maneira mais rápida possível. O Governo avançou bastante, tanto no que a população vê, que são as obras e ações, como no que ela não vê, que é o sistema de administração pública", assinalou.

No encerramento da entrevista, Maggi alertou que, para entrar na política, "você deve acreditar naquilo que você pretende fazer". Ele afirmou, após pergunta do jornalista Antonio Carlos Silva, se vale a pena ser governador do Estado: "Acredito que sim. Vale a pena ser governador. se existe a vontade de mudar a realidade do estado, como a nossa gestão conseguiu nos últimos anos".

 

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