Rachado, PT quer aumentar a representação na Assembleia

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O Partido dos Trabalhadores (PT) pretende lançar, nas eleições de outubro, 23 candidatos a deputado estadual. O prazo para apresentação de pré-candidatura ao diretório estadual se encerrou na quinta-feira (22) e, na lista das exigências feitas aos militantes para homologação das inscrições, está a regularidade da contribuição financeira e o aval de, no mínimo, 15 membros da direção estadual, que deveria ser manifestada por meio de assinatura.

A senadora Serys Slhessarenko não se inscreveu para a disputa de deputada estadual, o que significa que está excluída.

Após a derrota nas prévias que escolheram deputado federal Carlos Abicalil candidato ao Senado, a parlamentar declarou que pretende abandonar a vida pública e dedicar-se somente a campanha presidencial da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Mas, alas do PT tentam motivá-la a entrar na disputa para a Câmara Federal.

Na relação dos pré-candidatos a deputado estadual estão Ademir Brunetto e Alexandre Cesar, que já representam o partido na Assembleia Legislativa. A ex-deputada estadual e candidata derrotada a vice-prefeita, Vera Araújo, a Verinha, também está no páreo. 

Eleito em 2006 com 25.983 votos, o ex-secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, não se inscreveu para a disputa de deputado estadual, confirmando assim a possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara Federal.

Integrante da ala Construindo um Novo Brasil (CNB), ele planejava sua candidatura a deputado federal desde que Abicalil saísse candidato ao Senado. Sua saída abre brecha para que Alexandre Cesar, que conseguiu apenas a suplência e efetivou-se no cargo com a ida do próprio Ságuas Moraes para a Seduc tenha mais espaço para concorrer a deputado estadual.

Apostas

No segundo mandato na Câmara Municipal de Cuiabá e uma das apostas do futuro petista, o vereador Lúdio Cabral também se inscreveu para concorrer a uma vaga de deputado estadual.

Embora sua prioridade seja fortalecer o mandato para concorrer à Prefeitura de Cuiabá em 2012, decidiu atender aos pedidos da militância para que o PT possa ter mais votos nas urnas e consiga alcançar o coeficiente eleitoral exigido pelo partido ou coligação, que corresponde a 67,4 mil votos para conquistar uma vaga no Parlamento mato-grossense.

A relação dos pré-candidatos a deputado estadual será discutida no dia 23 de maio, numa reunião com a direção nacional. Na mesma ocasião, será definido qual apoio a partidos da base aliada será dado em Mato Grosso, que são representados por Mauro Mendes (PSB) e Silval Barbosa (PMDB).

Em Cáceres, Alonso Batista dos Santos é a aposta do PT. Ainda estão no páreo Odorico Ferreira Cardoso, de Barra do Garças; Mauro Cesar, de Rondonópolis; Luiz Brás de Lima, de Juína; Sérgio Ricardo e Júlio César, ambos de Colíder; José Benildo, de Comodoro; e Elder Biazus, de Lucas do Rio Verde.

Em Rondonópolis, se inscreveram o ex-vereador Juca Lemos, Jurandir de Souza e José Fernandes. Há, ainda, Vanderlei Martins (Confresa), Adilson Soares Rocha e Dulcimar Cavalleti (de Sorriso), Aparício de Siqueira (Diamantino), José Felipe Neto (Mirassol D'Oeste), Wilson Donizete Freitas (Pontes e Lacerda) e Zelandes Santiago (Várzea Grande).

Alianças

A direção estadual do PT ainda não decidiu se entra na disputa pela Assembleia Legislativa com chapa pura ou numa espécie de "chapão" composta pelo PR e PMDB. Os três partidos apoiam a candidatura de Silval Barbosa ao Governo do Estado.

De acordo com o artigo 10 da Lei nº 9.504, do Código Eleitoral, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, até 150% do número de lugares a preencher.

Assim, se optar pelo isolamento partidário, o PT poderá lançar 36 nomes à disputa, uma vez que são oferecidas 24 vagas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A mesma lei estipula que uma coligação partidária, independentemente do número de partidos que integra, poderá registrar até o dobro do número de vagas a serem preenchidas, ou seja, 48 em Mato Grosso.

Imbróglio

Embora a ala da senadora Serys tenha manifestado apoio à candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB), o que implicaria em ingressar no Movimento Mato Grosso Muito Mais, que reúne ainda PDT, PPS, PV e PSC, a proposta encontra resistência dos mandatários petistas de Mato Grosso.

Nas reuniões internas, o diretório estadual do PT, presidido pelo deputado federal e pré-candidato ao Senado, Carlos Abicalil, não esconde a ambição de aumentar a representatividade na Assembleia Legislativa.

O caminho mais viável, em sua opinião, é a aliança, nas proporcionais, com republicanos e peemedebistas, uma vez que o coeficiente eleitoral exigido este ano pelo candidato ou coligação chega a 67,4 mil votos para ter uma vaga. Na Câmara Federal, está na média de 197,6 mil votos.

Embora setores do PMDB resistam a ideia de coligar-se com PR nas proporcionais, há uma pressão da cúpula republicana para que a proposta seja aceita. Os republicanos estão condicionando a garantia do apoio à candidatura de Silval Barbosa a consolidação da parceria nas chapas proporcionais.

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