Querem assassinar o meu nome e a minha gestão, alega Ladeia

Data:

Compartilhar:

 

O prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), protocolou nesta terça (24) uma representação junto ao Gaeco contra um grupo de empresários do setor da comunicação e ex-funcionários da prefeitura, que apresentaram 27 denúncias contra ele. O republicano classificou o grupo como uma quadrilha e chegou a pedir proteção policial. "Estão querendo assassinar meu nome, minha gestão e queira Deus que seja apenas isso", enfatizou.

     De acordo com Ladeia, o grupo está envolvido num suposto esquema de fraudes envolvendo a emissão de notas calçadas que provocaram prejuízos de milhões ao erário. O golpe consiste em maquear os valores recebidos pelas empresas de comunicação que prestam serviços ao município e a outras cidades do Estado. O custo do serviço era reduzido para que o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISQN) a prefeitura fosse menor do que realmente devia ser.

     O suposto crime tinha o aval do empresário Antônio Carlos Cabral Amaral, proprietário da empresa terceirizada responsável pela cobrança da taxa. Ele foi o autor da denúncia, assinada por outros integrantes da sociedade organizada, que culminou no afastamento de Ladeia. Segundo o prefeito, a ação só ocorreu porque a fraude já havia sido descoberta após uma auditoria realizada pelo município. "Tenho documentos e posso provar os motivos da animozidade dessas pessoas, que se infiltraram em setores da sociedade e utilizaram os nomes deles para me prejudicar", frisa.

     O republicano protocolou um calhamaço de documentos que comprovariam as supostas fraudes. Num dos casos de nota calçada, o serviço teria sido prestado à Prefeitura de Sapezal por um jornal local. Uma das vias do comprovante encaminhado para o município é de R$ 250, enquanto que a empresa teria recebido R$ 2,5 mil. Em outro caso o valor para recolhimento de importo era de R$ 1.282 e o valor real do serviço R$ 12.282. "Fiz a denúncia pela manhã do dia 12 de maio e a tarde haviam corrigido uma das notas no espelho. Ao invés de apresentar satisfação, Antônio Cabral protocolo uma denúncia", pontua Ladeia.

     Cabe agora ao Gaeco analizar as denúncias protocoladas por Ladeia. Se necessário poderá haver o grampo de linhas telefônicas e a emissão de mandados de busca e apreenção para levantar as informações necessárias à investigação.


DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas