Quase cem agressões sexuais durante protestos no Egito em menos de uma semana

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Alguns ataques duraram quase uma hora; mulheres foram agredidas com correntes e facas

AFP

Quase cem agressões sexuais foram cometidas na Praça Tahrir e em seus arredores em menos de uma semana durante as manifestações contra o presidente islamita Mohammed Mursi, informou nesta quarta-feira (3) a organização Human Rights Watch (HRW).

A HRW, com sede em Nova York, registrou pelo menos 91 agressões desde 28 de junho, incluindo alguns casos de estupro. A ONG recebeu a informação das associações locais que lutam contra este fenômeno recorrente durante as manifestações no Egito.

O comunicado da HRW destaca cinco ataques contra mulheres em 28 de junho, 46 no domingo 30 de junho — o dia das maiores manifestações —, 17 agressões em 1º de julho e 23 no dia 2 de julho.

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Segundo as vítimas, muitas agressões começam com um grupo de homens jovens “que descobrem uma mulher, a cercam, a separam de seus amigos e a agridem”, retirando as roupas ou estuprando a vítima.

Em alguns casos, a vítima é arrastada pelo chão para continuar sendo agredida em outro local.

Várias vítimas dos ataques, alguns com duração de quase uma hora, foram hospitalizadas. A HRW indicou ainda que algumas mulheres foram agredidas com correntes, bastões, cadeiras e atacadas com facas.

O comunicado lamenta “o desinteresse do governo” ante o problema, que gera uma “cultura de impunidade”.

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