Publicado em 11/06/2013 às 09h05 Venda de Casemiro, Felipão, trauma com racismo, exigência de R$ 57 milhões. Tudo está travando a venda de Paulinho para a Europa.

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A venda de Casemiro incomodou o Corinthians.

O volante não é nem cogitado para a Seleção.

Mesmo assim fechou com o Real Madrid por 6,5 milhões de euros.

Ou seja, cerca de R$ 17,1 milhões.

Paulinho é titular do Brasil.

Mesmo assim empresários afirmaram a Mario Gobbi que a pedida é alta demais.

O Corinthians não o aceita vender por menos de 20 milhões de euros, R$ 57 milhões.

O presidente corintiano já não estava disposto a baixar um centavo da pedida.

Desde o início do ano é este o número.

Agora que não vai abaixar mesmo.

Representantes da Inter de Milão e Monaco sentiram o golpe.

Assim como o próprio departamento de futebol corintiano.

O clube fechou com Maldonado e com Ibson pensando na saída de Paulinho.

O jogador não está desesperado para sair.

Vem adiando a sua negociação desde o ano passado.

Primeiro queria disputar a chance de ser bicampeão da Libertadores.

Agora não deseja perder a concentração na disputa da Copa das Confederações.

Paulinho tem um trauma.

Aos 17 anos ele quase abandonou o futebol.

Foi colocado por empresários no Vilnius da Lituânia.

O jogador detesta relembrar o que passou.

Sofreu com o racismo.

Pessoas imitavam macacos quando o encontravam.

E lhe atiravam moedas.

Não só nos estádios, mas nas ruas.

A situação absurda o afetou.

Já disse a amigos que poderia passar a vida toda sem voltar a jogar na Europa.

Só que o planejamento corintiano já foi feito.

E nele o clube conta com a negociação de Paulinho.

O volante ganhou mais um tempo com a Copa das Confederações.

Disse que pode sair mais valorizado com a conquista do Brasil.

Só que está enfrentando um problema inesperado.

Felipão é bem diferente de Mano Menezes.

Não o quer mostrando a sua habilidade, o seu poder de armação.

E até a sua presença constante na área adversária.

O quer como na partida diante da França.

Jogando preso entre os zagueiros brasileiros.

1mowapress1 Venda de Casemiro, Felipão, trauma com racismo, exigência de R$ 57 milhões. Tudo está travando a venda de Paulinho para a Europa. Por ele, ficaria no Corinthians até depois da Copa do Mundo...

Em um espaço delimitado que vai até pouco além do meio de campo.

Ficou nítido em Porto Alegre o quanto o corintiano estava sufocado.

Preso, nervoso, tenso.

Estava jogando como não gosta.

Errou vários passes, precipitou lançamentos.

Não teve paz para sair jogando com a cabeça erguida como gosta.

Sabia que estava perto demais dos zagueiros.

Naquela faixa de campo se perdesse a bola seria quase um suicídio.

A tendência é que Felipão o mantenha jogando assim na Copa das Confederações.

E a competição em vez de valorizá-lo possa fazer exatamente o contrário.

Mostrar para o mundo um jogador que ele não é.

Muito pelo contrário.

Paulinho está encurralado.

Sabe que Felipão detesta dois volantes ofensivos.

E que pensa em manter um fixo.

Luís Gustavo é ameaçado seriamente por Fernando e até David Luiz.

Além da troca óbvia pelo jovem volante do Grêmio há outra possibilidade.

Adiantar o zagueiro do Chelsea e colocar Dante ao lado de Thiago Silva.

Quanto a Paulinho, ele não é dono efetivo da vaga.

Se continuar incomodado, errando passes, travado, tem concorrência qualificada.

Hernanes está impressionando a Comissão Técnica da Seleção.

Além da sua efetividade na marcação pela força ofensiva.

Acertou o travessão que propiciou o gol de Fred contra a Inglaterra.

E marcou contra os franceses, com muita tranquilidade.

O momento de Paulinho não é nada bom.

Os representantes da Inter e do Monaco continuam as observações.

Vai depender do comportamento do jogador gastar ou não 20 milhões de euros.

A maior preocupação do volante está em continuar como titular do Brasil.

Não com a venda.

Por ele, poderia ficar no Corinthians até após a disputa da Copa do Mundo.

O volante tem contrato até 2015.

Está muito feliz com os R$ 350 mil mensais.

Diante da postura do jogador, dirigentes corintianos miram em Ralf.

Ele é menos radical.

Apesar de também querer ficar no Corinthians.

Empresários querem levá-lo para o Sevilla.

O gerente Edu Gaspar já revelou que o clube estava preparado.

Sonhava em negociar os dois volantes.

Principalmente Paulinho.

Mas tudo está difícil.

A começar pelo radicalismo de Gobbi em relação ao preço.

Não quer um centavo a menos do que 20 milhões de euros.

Ainda mais agora depois da venda de Casemiro.

Pelo trauma de Paulinho em relação à Europa.

E pela maneira que Felipão o está escalando na Seleção.

Tudo está conspirando contra a venda.

Se depender do volante, ele fica mais um ano no Corinthians…
1afp2 Venda de Casemiro, Felipão, trauma com racismo, exigência de R$ 57 milhões. Tudo está travando a venda de Paulinho para a Europa. Por ele, ficaria no Corinthians até depois da Copa do Mundo...

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