A coligação "Mato Grosso Muito Mais" oficializa, nesta quarta-feira (30), a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao Governo do Estado. A chapa majoritária será composta ainda pelo deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), candidato a vice-governador, e pelos candidatos ao Senado, o ex-procurador da República, Pedro Taques (PDT), e o deputado estadual Percival Muniz (PPS).
Os partidos que compõem a coligação – PSB, PDT, PPS e PV – irão realizar suas convenções no Ginásio Dom Aquino, no Colégio Liceu Cuiabano, na Assembleia Legislativa e no Palácio da Instrução, respectivamente, a partir das 13h.
O ato conjunto para a homologação da chapa majoritária e da chapa proporcional está previsto para 17h, no Ginásio Dom Aquino, no bairro do mesmo nome, ao lado do Parque de Exposições.
Em entrevista, Mauro Mendes afirmou que o lançamento de sua candidatura será um ato formal, e não irá contar com a presença de lideranças nacionais dos partidos que compõem a coligação, em função da reta final das convenções, em todo o Brasil. Hoje é o último dia para os partidos realizarem esse tipo de evento.
"Vencemos o primeiro "round". Iniciamos com quatro partidos e com os mesmos chegamos à homologação da minha candidatura. Considero isso como uma primeira vitória, uma vez que meus adversários tentaram, de todo jeito, impedir que fôssemos candidatos, num atentado à democracia. Estou preparado e vou trabalhar meu nome no interior do Estado, em busca de votos", afirmou Mauro.
"Batalha"
Desde que lançou seu nome na disputa, Mauro Mendes tem enfrentado uma "batalha" para se manter na disputa. O problema começou dentro do seu próprio partido, após conversas entre o presidente do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, e o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição.
Algumas especulações davam conta de que Valternir teria rifado o partido e decidido pelo apoio ao peemedebista. No entanto, o parlamentar negou os boatos, sistematicamente, embora tenha admitido as conversas com o governador.
Logo depois, veio a crise no PPS, com membros da executiva municipal do partido defendendo o apoio à candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), em função da coligação nacional com os tucanos.
No entanto, o presidente do PPS, deputado estadual Percival Muniz, alegou que a direção nacional deixou a decisão do apoio para a executiva estadual.
Agora, a indefinição gira em torno do PDT, uma vez que alguns membros da sigla devem debandar para o projeto de reeleição de Silval. Caso o presidente do partido, deputado estadual Otaviano Pivetta, seja contra a mudança, lideranças do PDT pretender pedir a intervenção da executiva nacional do partido.
Em nota enviada a imprensa, Pivetta reiterou a permanência do PDT na coligação Mato Grosso Muito Mais.
No último sábado (26), o grupo liderado pelo governador Silval Barbosa esteve reunido com membros dos partidos que integram o movimento "Mato Grosso Muito Mais". De acordo com informações, teriam sido oferecidas ao grupo de Mauro a vice-governadoria e a primeira suplência do candidato ao Senado, Blairo Maggi (PR).
Durante a convenção do PMDB, os supostos acertos foram negados. No domingo (27), Mauro Mendes confirmou seu projeto de disputar o Palácio Paiaguás.
