Os jogadores e a comissão técnica do Corinthians desembarcaram nesta quinta-feira (24) no aeroporto de Congonhas sob protestos da torcida. Um dia após a derrota para o Grêmio nos pênaltis, fracasso que causou a desclassificação do time na Copa do Brasil nas quartas de final do torneio, a delegação foi recebida com ofensas e berros, em meio a um tumulto no aeroporto. Tite foi o primeiro a enfrentar o público, escoltado por dois seguranças
Uma faixa estendida no saguão pedia raça. Os torcedores que estavam uniformizados, então, abriram outra faixa com o lema “displicência”. Outra dizia “Timão é tradição. Não pode ter c…”
Muitos torcedores que esperavam à paisana no saguão passaram a repetir o coro com disposição. Alguns preferiram desferir ofensas contra o técnico, repreendido por seus companheiros, que queriam concentrar os insultos no time. Em meio ao tumulto, o gaúcho apressou o passo até um ônibus (sem identificação, com detalhes em verde) contratado pelo Corinthians. Os jogadores também correram para chegar rápido ao ônibus
O presidente do clube dá explicações sobre a derrota, em meio ao tumulto. Ao contrário da maioria dos jogadores do Corinthians, que encarou com boca fechada o protesto de quase duas dezenas de torcedores no aeroporto de Congonhas, Mário Gobbi concedeu uma rápida entrevista no trajeto do avião até o ônibus. E aceitou a manifestação que ocorria ao seu redor, consequência da eliminação na Copa do Brasil diante do Grêmio.
“É justo, legal. Desde que não tenha violência, a manifestação é um direito, uma garantia. Quando não está feliz, a torcida se manifesta”, compreendeu Gobbi, enquanto ouvia ofensas de alguns torcedores.
O atacante Emerson (foto de arquivo ao lado) passou pelo saguão antes dos demais, tentando se esconder dos torcedores. O restante do elenco saiu praticamente junto, andando rápido em direção ao ônibus