Objetivo é paralisar as atividade da Secretária de Estado de Educação
MARCIO CAMILO
Midia News
Cerca de 100 manifestantes se concentraram na entrada principal da Seduc, impedindo a entrada dos funcionários, no Centro Político e Administrativo (CPA).
Os trabalhadores da Educação promovem uma verdadeira batucada em frente à guarita principal da Seduc. Eles estão com faixas e cartazes, que mostram as principais reinvindicações da categoria. “Chega de trabalho escravo! Queremos a hora-atividade para os professores interinos”, diz inscrição em uma das faixas.
Enquanto isso, alguns funcionários da Seduc, que foram impedidos de entrar na secretaria, observavam a manifestação visivelmente irritados.
De acordo com o professor da rede estadual Robson Cireia, que participa da manifestação, a ideia é radicalizar o movimento e forçar o Governo a avaliar a contraproposta que foi enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
“O Governo apresentou uma proposta de reajuste salarial que foi rejeitada pelos professores, em assembleia-geral. Nessa mesma assembleia, mandamos uma contraposta e queremos que o Governo a avalie o quanto antes”, disse Cireia.
Confusão
O ato dos professores foi decidido na assembleia-geral da categoria, na quinta-feira (19).
Ficou decidido que a direção do Sintep, subsede Cuiabá, seria a responsável para organizar a manifestação.
No entanto, a direção chegou a declarar que o ato não tinha sido uma deliberação do comando de greve.
O presidente do Sintep Cuiabá, João Custódio, reconheceu que o ato em frente à Seduc foi encaminhado durante a assembleia. Segundo ele, o que não havia sido decidido era maneira de como esse protesto seria organizado.
“Realmente, houve essa confusão, mas o problema já foi resolvido e esse ato tem o apoio da direção do sindicato”, afirmou Custódio.
Greve
A greve na rede estadual de Educação já dura 44 dias.
Na sexta-feira (20), o Governo fez uma proposta aos professores, que foi rejeitada pela categoria.
A proposta sugere que o reajuste salarial comece a partir do ano que vem. Já os professores reivindicam que o aumento comece a vigorar ainda neste ano.