Professores da Universidade Federal entram em greve

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Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, em assembleia-geral no fim da tarde de segunda-feira (14), deflagrar greve geral por tempo indeterminado. 

O ato foi realizado no auditório da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) e, entre os 160 professores presentes, quatro votaram contra a paralisação e outros quatro se abstiveram. 

A justificativa da categoria é de que, até o momento, apesar das negociações já perdurarem por quase um ano, o Ministério do Planejamento não acatou as reivindicações dos professores. 

Eles pedem reajuste salarial, na ordem de 4%, e melhores condições de trabalho. O menor salário do docente federal, hoje, é de R$ 557,51, por 20 horas. A categoria quer o piso proposto pelo Dieese, que é de R$ 2.322,35.

Os professores elaboraram uma pauta interna, na qual reivindicam melhorias do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca Central, investimentos nos cursos de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado e cobram autonomia universitária e democracia nas relações internas. 

Eles também criticam o modelo produtivista, que teria "contaminado" a produção intelectual na UFMT, as terceirizações do trabalho na Universidade e as regras do estágio probatório aplicadas aos concursados. 

A categoria quer ainda o respeito ao Estatuto da instituição, principalmente no ponto em que estabelece a realização de uma Assembleia Geral Universitária por ano. 

Os docentes dos campus de Sinop e Barra do Garças, que são da mesma seção sindical de Cuiabá, vão acompanhar o movimento grevista. 

Aderiram ao movimento docentes dos campus de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Médio Araguaia. 

A greve na UFMT segue a manifestação em outros 21 estados e do Distrito Federal. A categoria se uniu em torno da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2012, que reúne 31 entidades nacionais. 

O Governo Federal anunciou uma medida provisória, assinada pela presidenta Dilma Rousseff (PT), que concedeu reajuste salarial para servidores federais, beneficiando quase um milhão de trabalhadores. 

Os professores irão fazer uma mobilização na quinta-feira (17), na Avenida do CPA, em frente do Pantanal Shopping Center, das 8h às 13h. 

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