Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entram em greve na próxima quarta-feira (24). A decisão foi tomada em assembleia-geral, realizada na tarde de quarta-feira (17), na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat).
A Adufmat é ligada à Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-Sindicato Nacional). Além da unidade de Cuiabá, serão atingidos pelo movimento os campi de Barra do Garças e Sinop. Os trabalhadores técnicos da UFMT também estão em greve.
A data encaminhada pela instituiçõa será levada ao Andes-SN, em Brasília, no próximo sábado (20), quando representantes das demais universidades federais e estaduais brasileiras estarão tentando encontrar uma data única para as instituições que ainda não estejam paradas entrarem também em greve, caso a base entenda que esse é o caminho.
A última paralisação da UFMT havia sido em 2005, quando a instituição ficou 152 dias com atividades ligadas à graduação paradas. Até hoje, essa foi a maior greve da história da instituição. Agora, não há tempo determinado para finalização do movimento.
A principal reivindicação da categoria é pelo não-congelamento dos salários até 2019. Além disso, os docentes lutam contra as contratações precarizadas de professores substitutos e temporários, o sucateamento da estrutura física da universidade e cobra perdas salariais, que já passam dos 152%, em 12 anos.
No último sábado (13), após avaliarem os resultados da rodada nacional de assembleias gerais das seções sindicais, as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN aprovaram, por unanimidade, indicativo de greve nacional.
A reunião contou com a participação de 38 docentes, de 27 seções sindicais. O presidente da Adufmat estava presente. No país, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão paralisadas.