Divulgação/ Sintep Educadors caminharam no Centro Político Administrativo cobrando salários dos contratados |
O impasse sobre a falta de pagamento para os professores contratados da rede estadual resultou num ato público promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) nesta sexta-feira (31). No protesto, realizado Centro Político Administrativo (CPA) nas imediações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em Cuiabá, os professores, alunos e sindicalistas cobraram o pagamento dos salários de janeiro dos trabalhadores. O governo não se manifestou sobre o assunto.
Os servidores concursados receberam nesta sexta-feira, pois o governo paga no último dia útil e como os interinos não foram contemplados com o pagamento, a manifestação reuniu mais de 40 subsedes do Sintep. Também houve passeada da Seduc até o Palácio Paiguás, sede do governo e Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
No evento, os educatores também lembraram os pontos que ainda estão pendentes na negociação com a Seduc, como a realização de um novo concurso público, a reposição de aulas sem que extrapole a carga horária semanal dos profissionais e o processo de atribuição de aulas. O Sintep lembra que essas reivindicações constavam na pauta da categoria que o governo prometeu cumprir para encerrar a greve de 2013 que durou 67 dias.
Presidente doSintep, o professor Henrique Lopes do Nascimento disse que os argumentos apresentados pelo governo para não pagar os profissionais são fracos e negligenciam as leis trabalhistas. “Esses profissionais trabalharam o mês de janeiro sem nenhuma remuneração, pois de acordo com a Seduc pagar esses profissionais constituiria improbidade administrativa, mas improbidade administrativa é não cumprir os acordos feitos na greve e não investir os 35% da receita do Estado na educação. Essa situação não pode continuar”, justificou o sindicalista através da assessoria de imprensa.
O Sintep aguarda a decisão judicial de um novo pedido encaminhado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso para que o Estado seja obrigado a pagar os dias trabalhados. Na última decisão do órgão, foi determinado que os trabalhadores não tinham nenhum vínculo com a Seduc após o fim do contrato, o que significa que não precisariam trabalhar após esse período. Também participaram do ato, representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect), categoria que está em greve atualmente, e membros Central Única dos Trabalhadores (CUT).