Produtores de alguns municípios como Campo Verde, sudeste do Estado, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, no médio-norte, já iniciaram o cultivo da soja, poucos dias após o término do vazio sanitário, período no qual fica proibido o plantio do grão para evitar a manifestação do fungo causador da ferrugem asiática.
Estado deve plantar 8,3 milhões de hectares de soja na safra 2013/2014, com aumento de 4% a 5% da área em relação ao ano anterior, e produção estimada em 25, 2 milhões de toneladas. Porém, o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, alerta para o início precoce do plantio, já que as chuvas ainda não caíram com intensidade e pode prejudicar a lavoura. “Alguns produtores preferem arriscar para não comprometer o cronograma de plantio de outras culturas, como o milho safrinha, mas é importante aguardar a estabilidade do clima”. Previsão é de que o plantio se intensifique na primeira quinzena de outubro.
Fávaro explica que cerca de 40% dessa safra já foi comercializada, o que é comum no setor, mas que este ano havia a perspectiva de desvalorização das commodities, por isso o momento ainda é de incertezas.
Comercialização – Nas últimas semanas, os produtores se animaram com a alta do dólar e com a escassez de chuvas nas lavouras dos Estados Unidos, o maior produtor de soja do mundo, o que impulsionaria ainda mais a comercialização do grão brasileiro.
Conforme o último boletim divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os preços futuros internos no Estado tiveram elevação de mais de 15% no mês de agosto.
Os produtores ainda aguardavam o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou queda na produção do país, antes estimada em 89 milhões, para 85,7 milhões de toneladas, o que impulsiona os preços.