A produção industrial brasileira cresceu 8% na passagem de
junho para julho deste ano, informou hoje (3) o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a terceira alta consecutiva do
indicador, que ainda não conseguiu eliminar a perda de 27% registrada no
segundo bimestre do ano (março e abril) devido à pandemia de covid-19.
A produção também registrou alta (8,8%) na média móvel
trimestral. Nos demais tipos de comparação, no entanto, houve quedas: na
comparação com julho de 2019 (-3%), no acumulado do ano (-9,6%) e no acumulado
em 12 meses (-5,7%).
O avanço de 8% na passagem de junho para julho foi resultado
de altas nas quatro grandes categorias econômicas da indústria, com destaque
para os bens de consumo duráveis (42%). Os bens de capital, isto é, as máquinas
e equipamentos usados no setor produtivo, cresceram 15%.
No caso dos bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo, houve alta de 8,4%. Já os bens de
consumo semi e não duráveis cresceram 4,7%.
Entre as atividades industriais, houve altas em 25 dos 26
ramos pesquisados. A principal alta ocorreu no setor de veículos automotores,
reboques e carrocerias (43,9%). “A indústria automotiva puxa diversos setores
em conjunto, sendo o ponto principal de outras cadeias produtivas”, afirma o
pesquisador do IBGE André Macedo.
Também houve altas importantes na metalurgia (18,7%),
indústrias extrativas (6,7%), máquinas e equipamentos (14,2%), coque e produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%).
Por outro lado, o ramo de impressão e reprodução de
gravações foi o único setor em queda (-40,6%).
EBC