Preterido por Vanderlei Luxemburgo desde a chegada do treinador ao comando do Grêmio, o lateral-direito Gabriel vive situação delicada no clube gaúcho. Sem entrar em campo desde o último dia 8 de julho, quando enfrentou o Santos, o atleta não foi inscrito na Copa Sul-americana e pouco contribuiu com o time no Campeonato Brasileiro. O camisa dois negou atritos com o técnico gremista e confirmou que deve ser pouco utilizado no futuro.
“O Luxemburgo prefere outros jogadores, isso ele já me disse. Depois que divulgou a lista da Sul-Americana, falou que tinha respeito por mim, mas não ia me inscrever porque eu não me encaixava no perfil dele. Tanto que utilizou o Pará e o Tony. Depois teve mais uma oportunidade de me inscrever e aí colocou o Julio Cesar, que estava voltando de lesão”, explicou em entrevista ao jornal Zero Hora.
Gabriel chegou ao Grêmio em 2010 e viveu seu auge na equipe tricolor no mesmo ano, ainda sob o comando do treinador Renato Gaúcho. Vinculado ao clube gaúcho até junho de 2014, o lateral-direito se reapresenta junto ao restante do elenco nesta quinta-feira, mas ainda não sabe quais serão os planos da diretoria e da comissão técnica para o decorrer de 2013, ano em que o time de Vanderlei Luxemburgo disputa o estadual, Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil .
“Eu quero ficar, mas eu não sou benquisto. Não é de hoje. Não por parte da torcida e da diretoria, mas o Luxemburgo não me quer no Grêmio. Tentaram me dar férias um mês antes de acabar o Brasileiro e não aceitei. Sou profissional, dependo do meu corpo. Como eu vou ficar de férias por dois meses? O Luxemburgo me levava para os jogos e depois me cortava. Eu sabia que não ia jogar na inauguração da Arena e em nenhuma outra partida”, completou Gabriel, que ainda respondeu as críticas sobre seu salário.
“Felizmente joguei em time grande a vida inteira. Então, esse salário que dizem ser um absurdo (R$ 220 mil) é mais ou menos o que eu ganhava com 19 anos no São Paulo. É compatível com o que estou valendo hoje no mercado. Tinha proposta de outros clubes na época da minha renovação. E eu ganhava mais na Grécia. Abri mão de muito dinheiro lá para vir para o Grêmio. Isso ninguém fala. E o dinheiro que ficou lá, que não tem volta? Fiz por merecer esse salário. No Fluminense, no Cruzeiro e no São Paulo era uma faixa semelhante”, encerrou.