A Gazeta
A exemplo da primeira parcial da prestação de contas de campanhas ao governo do Estado, o candidato da coligação Coragem e Atitude para Mudar, Pedro Taques (PDT), continua liderando na arrecadação de recursos para seu projeto político. A diferença entre as doações recebidas por ele e as de seus dois principais adversários neste pleito, no entanto, se tornou ainda maior nas últimas semanas.
Enquanto o pedetista recebeu doações que totalizaram, até o último dia 2, aproximadamente R$ 11,7 milhões; os postulantes das coligações Viva Mato Grosso, José Riva (PSD), e Amor à Nossa Gente, Lúdio Cabral (PT), arrecadaram cerca de R$ 572,7 mil e R$ 304,1 mil, respectivamente.
A pequena receita, em comparação ao líder das pesquisas de intenção de voto, é acompanhada ainda por dificuldades financeiras para ambos os candidatos a governador. Tanto Riva quanto Lúdio gastaram mais do que arrecadaram.
A situação mais complicada até agora é a do petista, que empregou na campanha mais que o dobro do que já recebeu em doações: R$ 684 mil.
O social-democrata, por sua vez, gastou cerca de R$ 178,2 mil a mais do tinha em caixa. Boa parte das doações recebidas por Riva, no entanto, não foi em dinheiro, mas em bens. A estimativa feita pelo comitê de sua campanha é de que este valor chege a R$ 117,8 mil.
Além de ter sido o que mais arrecadou, Taques foi o único dos três que manteve as contas da campanha “no azul”. O senador empregou até agora aproximadamente R$ 10,2 milhões na estrutura que montou para ser eleito.
A margem de economia é praticamente a mesma informada pelo seu comitê na primeira parcial de prestações de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no início de agosto. Na época, o pedetista afirmava ter arrecadado pouco mais de R$ 2,5 milhões e investido R$ 950 mil.
Os gastos de Riva e Lúdio ainda não haviam extrapolado a marca da arrecadação de suas campanhas, mas os valores economizados já eram bem inferiores proporcionalmente aos do senador. Ao passo em que Taques havia preservado mais da metade dos recursos, o social-democrata havia poupado somente R$ 5,8 mil. O petista tinha guardado ainda menos, apenas R$ 3,1 mil.
Taques é o candidato ao governo que está mais próximo de atingir a estimativa de gastos de campanha anunciada no início da corrida eleitoral, R$ 34 milhões. Dos três principais postulantes, Riva era o que esperava empregar mais recursos para se tornar governador, R$ 35 milhões. A previsão do comitê de Lúdio era de R$ 30 milhões.
Os dados completos sobre a prestação de contas, com a relação de quem foram os doadores de cada candidato e os valores, serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sábado (6).