O ouro olímpico inédito sempre esteve no inconsciente da seleção brasileira. Assim como também os fracassos recentes nas tentativa de, enfim, acabar com a sina de sempre ficar pelo caminho na competição.
Acrescente a isso, então, a disputa em casa e temos um cenário de forte pressão psicológica sobre o grupo de 15 jogadores que deu início nesta segunda-feira à fase final de preparação para o evento, na Granja Comary, em Teresópolis. Seria o caso de ter um psicólogo ao lado do elenco? Para o coordenador de seleções de base da CBF, Erasmo Damiani, não.
O torneio de tiro curto é um dos entraves.
“Não temos psicólogo porque é período curto, a competição em si é uma motivação, daremos essa sustentação aos jogadores”, afirmou.
Ele terá dez dias inicialmente na Granja para trabalhar com os atletas.
“Teremos que trabalhar diariamente, não podemos colocar toda pressão em cima da não conquista dessa medalha. A cada passo nós veremos dentro do grupo a situação, cabe a nós que comandamos passar tranquilidade aos atletas, a cobrança é inevitável. Nós temos que dar sustentação, se tivermos êxito passa a ser muito importante, mas não é obrigação da conquista”, completou.
A delegação do Brasil desembarcou na Granja nesta manhã para realizar exames médicos e irá a campo pela primeira vez na próxima terça-feira à tarde. Ela está desfalcada nessa fase final de preparação pelo zagueiro Marquinhos, do Paris Saint-Germain, meia Renato Augusto, do Beihing Guoan-CHI, e lateral Douglas Santos, do Atlético-MG.
O ex-corintiano será o último a chegar, somente no dia 27, em virtude compromissos com o seu clube.
O elenco deixa a região serrana do Rio de Janeiro no mesmo dia e viaja, então, para amistoso contra o Japão no dia 30, em Goiânia.
A estreia nos Jogos Olímpicos acontece em 4 de agosto, contra a África do Sul, no Mané Garrincha, em Brasília. Ainda completam o grupo A também Iraque e Dinamarca.
