Pressionada, CBF se prepara para receber os jogadores

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re se calaram, os jogadores se submeteram.

Os atletas perceberam o quanto estavam e estão desprotegidos.

Por isso, os que se rebelaram contra o calendário de 2014 decidiram…

Os sindicatos existentes no Brasil não os representam.

As afirmações do vice da Associação Nacional dos Atletas Profissionais deFutebol não contam.

Alfredo Sampaio tem repetido que o caminho é a greve nas duas últimas rodadas do Brasileiro.

2reproducao13 Pressionada, CBF se prepara para receber os jogadores. Quer acordo para o calendário de 2015. Desde que não atrapalhe a programação da Globo. E atletas não reconhecem sindicatos já existentes. Não os representam...

Mas falará ao vento.

Alex e Paulo André começaram o movimento.

Mas aos poucos Juninho Pernambucano, Jefferson e Rogério Ceni estão mais ativos.

E decidiram seguir sozinhos, negociar direto com a CBF.

Sentem ter força para isso.

A alegação é que durante décadas sindicatos existiram e nada fizeram pelos jogadores.

Não querem que sindicalistas ‘peguem carona’ no movimento.

Aliás foi de total ironia o batismo dessa união de 75 atletas no País.

Bom Senso Futebol Clube.

E já ganharam um apoio inesperado, que perturba TV Globo e CBF.

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, concorda com o principal pedido.

A adequação do calendário brasileiro ao europeu.

Com a temporada começando em agosto e terminando em maio.

Em junho férias. Julho pré-temporada.

Só que a grade de programação da Globo está amarrada.

Ela negocia com seus patrocinadores de janeiro a dezembro.

Não quer mudar de jeito algum por causa do futebol.

É assim desde que a emissora começou seu monopólio sobre o esporte.

Nos tempos da ditadura militar, há mais de 30 anos.

Para os militares, o futebol servia com circo, distraia a população.

Quanto mais jogos, melhor.

A CBF e a emissora contam também com o apoio da Conmebol.

A Libertadores será sempre no primeiro semestre.

Justo quando estaria terminando a temporada brasileira.

E a Sul-Americana no segundo semestre.

Quando estivesse no início o futebol no País.

Seria um caos para os clubes.

Quando estivessem na reta final do Brasileiro, surge a Libertadores.

Os presidentes das Federações já começaram a gritar.

Não querem de jeito nenhum os grandes clubes fora dos estaduais.

Os atletas são claros.

Se não houver adaptação ao calendário europeu, há uma saída.

O fim da participação dos clubes grandes nos estaduais.

Eles se tornaram inúteis, perderam representatividade.

Só servem para mostrar o prestígio de presidentes de Federações.

Fazer a alegria de prefeitos em ter os grandes jogadores em suas cidades.

Alegrar empresários que montam times de aluguel para mostrar seus jogadores.

Depois, ninguém quer saber se os grandes clubes ficaram desgastados para o resto do ano.

Como os votos dos presidentes de federações são fundamentais na eleição da CBF, nada muda.

Para ficar bem claro o exagero que acontece por aqui, a resposta a vários leitores.

O atual calendário brasileiro é irracional.

Um clube sendo vencedor não ganha só prêmios, troféus.

Muito pelo contrário.

Tem direito a uma estúpida maratona.

Ao contrário do que acontece na Europa.

Os jogadores têm tempo, são preservados.

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Uma temporada perfeita no Brasil pode levar até a 83 partidas.

21 pelo Estadual, 38 no Nacional, oito na Copa do Brasil…

Mais 14 pela Libertadores, duas no Mundial de Clubes.

Na Espanha, esse número chega a 62.

21 partidas oficiais a menos.

38 pelo Nacional, 9 Copa do Rei, Champions 13, Mundial, 2.

Na Itália, apenas 58 jogos.

Nacional, 38. Copa da Itália, 5. Champions 13. Mundial, 2.

Nada menos do que 25 partidas a menos que no Brasil.

Os britânicos já colocam times reservas nas primeiras fases da Copa da Inglaterra.

Para poupar seus jogadores.

Lá as possíveis 74 partidas em uma temporada são consideradas exageradas.

38 jogos pelo Nacional, 15 Copa da Inglaterra, 6 Copa da Liga…

Mais 13 pela Champions e outro dois jogos pelo Mundial de Clubes.

O calendário argentino envergonha o Brasileiro.

No máximo são 69 jogos.

38 pelo Nacional, 5 Copa da Argentina, 14 Libertadores…

Mais dez pela Sul-Americana e outros hipotéticos pelo Mundial.

Os líderes do Bom Senso Futebol Clube tiveram acesso a esses números.

E querem o fim do exagero.

Se cansaram de servir para preencher grade de programação.

Da Globo e da Sportv.

As emissoras têm todos os campeonatos do País.

A CBF elabora o calendário de acordo do interesse das emissoras.

Elas pagam e se preocupam com seu faturamento.

Por isso o excesso de partidas.

E, inclusive, os horários absurdos dos jogos, às 22 horas no meio da semana.

Como se houvesse transporte público perfeito no País.

Com as partidas acabando além da meia-noite.

Como se ninguém acordasse cedo para trabalhar na quinta-feira.

Não há essa preocupação com a população.

Nem com os jogadores.

Agora eles decidiram se rebelar.

Seedorf, Ronaldinho Gaúcho querem ser mais efetivos.

Sabem o peso de sua representatividade.

E com mais de 30 anos, precisam de um calendário mais digno.

3gazeta1 Pressionada, CBF se prepara para receber os jogadores. Quer acordo para o calendário de 2015. Desde que não atrapalhe a programação da Globo. E atletas não reconhecem sindicatos já existentes. Não os representam...

José Maria Marin não esperava essa reação, essa união.

Mas se mostra disposto a negociar.

Pedir o sacrifício em 2014, ano de Copa do Mundo.

E depois, em 2015, a situação se adequar.

A diminuição de datas dos Estaduais é o meio termo.

Com a garantia de maior pré-temporada.

E também maior vigilância e punição aos clubes que atrasarem salários.

Mas no próximo ano, a CBF quer boa fé, colaboração dos jogadores.

O calendário está completamente apertado.

E, pior, amarrado às tevês donas dos espetáculos.

Marin quer dividir as férias dos atletas.

15 dias após o Brasileiro.

E 15 dias durante a Copa do Mundo.

Mesmo preparadores físicos, fisiologistas e médicos sendo contrários.

O ideal seria a parada mínima de 30 dias.

Mas se isso acontecer, haverá apenas cinco dias para a pré-temporada.

No caso de um brasileiro ganhar a Sul-Americana, nem isso.

O torneio terminará no dia 12 de dezembro.

Se esse time tiver 30 dias de férias, voltará no dia 12 de janeiro.

Mesmo dia em que começarão os estaduais e a Copa do Nordeste.

Com 15 dias, os clubes param no dia 12 dezembro e voltam no dia 29.

E treinam inclusive no reveillon e no primeiro dia de 2014.

Um caos, improviso.

Mas não há solução.

No entanto, o caminho parece aberto.

A CBF quer negociar e oferecer o enxugamento dos estaduais em 2015.

José Maria Marin se mostra disposto ao diálogo.

Desde que não atrapalhe a programação de quem paga, a Globo.

E pode receber uma comissão de atletas.

Não é uma vitória precoce.

Apenas a demonstração da força da união dos atletas.

Que, com toda a razão, desprezam sindicatos que nada fizeram por eles.

Foram décadas de silêncio e atitudes insignificantes.

Alex, Paulo Andrés, Juninho Pernambucano e Rogério Ceni estão certos.

Devem criar uma entidade que os represente de verdade.

Não seja conivente com o atraso de salários.

Controle a festa dos empresários.

E enfrente os absurdos de um calendário irracional.

Que só tem como principal preocupação dar lucro à televisão.

Não leva em consideração os atletas.

Muito menos os torcedores.

Finalmente, os jogadores acordaram.

E estão sendo vistos e ouvidos… 
 Pressionada, CBF se prepara para receber os jogadores. Quer acordo para o calendário de 2015. Desde que não atrapalhe a programação da Globo. E atletas não reconhecem sindicatos já existentes. Não os representam...

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