A Gazeta
Focados num projeto costurado desde já, de construir a candidatura ao governo no pleito de 2018 do senador Wellington Fagundes (PR), a bancada dos republicanos na Assembleia Legislativa deve endurecer o discurso contra o governo Pedro Taques (PSDB) no retorno aos trabalhos, no dia 2 de fevereiro. Essa foi uma das principais orientações da cúpula do PR, em recente reunião ‘informal’, realizada em Cuiabá, organizada por Fagundes. Fonte revela que o intuito é acelerar as ações, passando pelas eleições municipais de 2016, para fortalecer a eventual candidatura do presidente do PR estadual, Wellington Fagundes.
Durante o encontro, ficou decidido que o PR terá bancada unida em torno do discurso de ‘independência’, que na prática significa oposição velada a Taques. Deputado Emanuel Pinheiro, que lidera no Parlamento Estadual a voz da oposição ao governo do tucano, deve ser seguido em sua postura de críticas à gestão governamental. Pelo menos é isso que espera Fagundes dos membros da bancada estadual. Deve ser realizada em janeiro outra reunião entre os representantes do PR no Estado, para afunilar os encaminhamentos a serem adotados a partir do próximo ano, em relação à postura no Poder Legislativo sobre matérias de interesse do governo.
Deputados Sebastião Rezende, Ondanir Bortolini, o Nininho, Mauro Savi e Wagner Ramos, deverão ser convencidos da necessidade de se posicionar-cionar de forma mais incisiva a respeito de ações de cunho governamental. Em que pese o desgaste da imagem da presidente Dilma, Fagundes conseguiu se fortalecer politicamente após assumir a liderança do governo da petista interinamente. Conhecido pela habilidade de transitar entre partidos da base e da oposição, ele articula nos bastidores possível apoio para sua prevista corrida ao governo de Mato Grosso. Um dos possíveis respaldadores seria o senador Blairo Maggi, ainda no PR, que está de malas prontas para se filiar ao PMDB.
Fagundes, como defensor de Dilma, rebate o discurso de Pedro Taques, de apoiar o pedido de impeachment da presidente, e proposta de moratória pelo período de três anos da dívida pública. O presidente do PR também estaria atento a cada passo de Taques, como em relação às promessas de campanha do governador nas eleições 2014, que se não forem cumpri-das, darão munição política para questionamentos dos republicanos.