O governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-governador Blairo Maggi (PR), os deputados federais Pedro Henry (PP), Homero Pereira (PR), Chico Daltro (PP), Carlos Bezerra (PMDB) e Wellington Fagundes (PR), além de outros líderes políticos, protocolizaram na tarde de hoje (1) uma representação ajuizada contra o juiz da Primeira Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, e do Procurador da República Mário Lúcio Avelar, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ainda no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Os líderes e partidos entendem que houve abuso por parte do magistrado e dos representantes do Ministério Público Federal.
A iniciativa pode representar um duro revés para o magistrado federal, que entrou para a história ao mandar prender o 'capo' do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, juntamente com o ex-procurador da República José Pedro Taques, hoje pré-candidato ao Senado pelo PDT. A representação, obtida em primeira mão pelo Olhar Direto, foi protocolizada às 14h13 desta terça-feira no CNJ.
Conforme a ação, os líderes partidários pedem a quebra de sigilo telefônico de Julier, de Avelar, e também dos Procuradores da República Douglas Santos Araújo e Ludmila Bortoleto Monteiro, subscritores dos pedidos das prisões preventivas relacionadas a Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal no dia 21 de maio, contra crimes ambientais no Estado.
Também pedem o afastamento do juiz e de Mário Lúcio Avelar dos cargos, até o final da decisão do processo administrativo a ser instaurado, como medida de garantia das investigações "uma vez que eles têm acesso direto aos documentos citados e ascensão hierárquica aos servidores que auxiliarão na apresentação de documentos e que também servirão de testemunhas", consta trecho da representação.
Em síntese, os autores da ação querem uma verdadeira investigação quanto a intenção da operação Jurupari, que levou 91 pessoas presas entre elas, do ex-secretário de Meio Ambiente do Estado, Luis Henrique Daldegan; do secretário de Assuntos Climáticos da Sema, Afrânio Migliari; além do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ubiratan Spinelli, e do filho dele Rodrigo Spinelli. Também foi presa na operação a esposa do deputado José Riva (PP), Janete Riva.
Também subescreveram o presidente do PHS, Gildeci Oliveira da Costa; Pedro Ferreira, Presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), que também é prefeito de Jauru; o deputado estadual Pedro Satélite, que assinou pelo PPS; Aluizio Lima Pereira, presidente da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMT); Airton Rondina, deputado estadual, que assinou também pelo PP; Adalto de Freitas, deputado estadual do PMDB; Octávio Augusto Regis de Oliveira, presidente Regional do PTC; Riva, como deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso; e o Carlos Abicalil, deputado federal e presidente regional do PT.
Primeira atualização às 16h49/Segunda atualização às 17h03