A Polícia Civil prendeu quatros pessoas em Cuiabá envolvidas em fraudes em contas correntes do Banco do Brasil. Os crimes eram praticadas pela internet, com vítimas em cinco estados brasileiros.
Foram presos Helton Paulo Meira Gomes, de 22 anos, Porfírio Gonçalves Botelho Neto, 21, Marcelo Marcos Souza Junior, 24, e Vanir Aparecida da Silva, 25. As prisões ocorreram na Capital, durante a Operação Orion, desencadeada na manhã desta terça-feira (14).
Segundo as informações, no esquema criminoso, a quadrilha desenvolveu um aplicativo que era anexado a e-mails falsos do Banco do Brasil e enviados a correntistas.
Durante o preenchimento do cadastro, o aplicativo capturava a senha das contas. Em seguida, os hackers faziam atransferência de dinheiro para outras contas fora do Estado. A vítima só descobria quando acessava a conta.
O prejuízo ainda não foi contabilizado, mas chegaria a “milhões de reais”, segundo um dos policiais.
O esquema começou há cerca de oito meses. Foi a partir de vários saques que a Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia começou a investigar e chegou aos quatro integrantes do bando, na Capital.
Pelo esquema, Helton, Marcelo e Porfírio eram os hackers que invadiam as contas e Vani entrava como “laranja”, sendo acusada de “ocultação de dinheiro”, oferecendo conta bancária para depósitos.
Helton foi preso numa lan house, no Jardim Passaredo, de propriedade de seu pai.
No local, foram apreendidas 20 memórias de computadores, pois havia indícios de que estavam armazenados nos CPUs informações de correntistas vítimas do golpe.
Os policiais explicaram que o chefe do esquema está no Rio de Janeiro, mas a quadrilha possui ramificação também pelos Estados de São Paulo, Bahia e Ceará. Eram esses os destinos do dinheiro furtado das contas pela Internet.
Nos cinco Estados, foram cumpridos nove mandados de prisão temporária por cinco dias e 13 de busca e apreensão.
Na lista dos presos, estão Danilo Costa Queiroz e Ricardo Santos Souza, apontados como beneficiários. A Polícia não informou em que local ele foram localizados.
Os presos estão envolvidos em crimes de furto qualificado mediante fraude, formação de quadrilha, interceptação telemática ilegal violação de sigilo bancário.
A operação denominada “Orion”, que significa “O Grande Caçador”, foi desencadeada em Cuiabá pela Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, e nos Estados do Rio Janeiro, São Paulo, Bahia e Ceará, com o apoio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), Polícia Civil dos Estados de São Paulo, Bahia e Ceará.