Foto por Reprodução (www.adelaidenow.com.au)
A peça foi chamada com muito carinho pelos donos do lugar, Damien Eve, de 37 anos, e Sarah Budarick, de 35, de “fatia do Paraíso”. Por causa da propaganda, a vida dos empresários virou um inferno. Tanta gente reclamou que o display acabou banido.
Eve e Sarah tiveram de removê-lo. Por ordem da prefeitura, a polícia foi até o restaurante e tirou a propaganda considerada indecorosa pela vizinhança. Muita gente ligou para políticos e para o escritório do prefeito bufando contra a pelada de papelão.
Houve clientes que foram até a pizzaria falar mal do que acharam “indiscreto e ofensivo”. Só faltou rolar um abaixo-assinado contra a pizza erótica da Supremo.
Uma mulher não identificada escreveu ao Conselho Municipal:
– Gostaria de lembrar que a gravidez adolescente e infantil aumentou e essa forma de publicidade só aumenta a curiosidade que as crianças têm sobre sexo. Isso os deixa vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis. O display é um atentado contra a moral de nossa cidade.
Diante de tanta pressão, a dupla que dirige a pizzaria apresentou outro display, sacaneando a gritaria contra o anterior. Nele está escrito “faça pizza, não faça a guerra.” Essa propaganda, com alusão ao célebre slogan hippie, não deu problema.
– Pelo menos nosso negócio não foi afetado, assegura Sarah, referindo-se, claro, ao seu estabelecimento.
A pizzaria acabou vendendo mais após a confusão do display. E a peça que foi proibida, guardada no estoque, é sempre solicitada para fotos de clientes. Nenhum deles quer jogar a propaganda no forno.
