Polícia conclui inquérito e mantém a tese de crime passional

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Dezessete pessoas foram ouvidas; Vilceu Marchetti foi executado a tiros, dentro de um quarto



MAX AGUIAR 
Midia News
O inquérito sobre a morte do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, foi finalizado nesta semana pelo novo delegado de Santo Antônio do Leverger (27 km ao Sul de Cuiabá), Marcel Gomes de Oliveira. 

Dezessete pessoas foram ouvidas e apenas duas oitivas ainda não foram concluídas. Essas pessoas são a esposa de Vilceu Marchetti, que está em Minas Gerais, e a esposa do Neri Fulgante, proprietário da Fazenda Mar Azul.

De acordo com a Polícia Civil, além das 17 diligências feitas a pedido do Ministério Público, outras nove pessoas que trabalhavam com Anastácio Marafon, suposto autor do homicídio, foram ouvidas. 

Marcel de Oliveira disse que não houve mudança no histórico do crime e a tese de homicídio passional permanece. 

“Da forma que estava sendo anunciado, não mudou nada. As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluíram que o assassinato teria como motivo um suposto assédio de Marchetti à esposa de Marafon, de 37 anos, e isso permanece”, explicou.

Marafon foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar). Agora, fica por conta do Ministério Público indicar se serão acrescidas qualificadoras à acusação, como motivo torpe ou recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

A arma do crime ainda não foi encontrada, porém exames residuográficos que já foram feitos na mão de Marafon e nos objetos encontrados dentro do quarto onde Marchetti foi morto indicam que ele esteve no local no momento do homicídio. 

O crime

Segundo a Polícia Civil, Vilceu Marchetti, que estava atuando no setor agropecuário, administrava a Fazenda Marazul, localizada no Distrito de Mimoso, na região do Pantanal, e de propriedade de Neri Fulgante, 80 anos.

Ele ia ao local periodicamente e, no dia da sua morte, estava acompanhado de dois netos, de 14 e 9 anos.

Anastácio Marafon, que já trabalhava para Fulgante há seis anos em outra propriedade, em Santa Catarina, se preparava para assumir a administração da fazenda, uma vez que Marchetti teria dito à Fulgante que gostaria de tomar conta de sua própria propriedade, também localizada no Pantanal.

No dia de sua morte (7/7), Marchetti teria trabalhado durante a tarde, com Marafon, na vacinação do gado. 

Marafon chegou com sua família a Mato Grosso cerca de 10 dias antes do crime e, em depoimento à Polícia, alegou não conhecer Marchetti antes dessa data.

Ao chegar à sede da fazenda, o ex-secretário teria assediado a esposa do novo administrador, que tirou satisfação com a companheira – discussão que teria sido testemunhada pelos netos de Marchetti.

Marafon, então, teria se dirigido armado até o apartamento ocupado por Marchetti na fazenda, e entrado em seu quarto.

Após uma breve discussão – ouvida pelo dono da fazenda –, ele teria disparado os tiros contra o administrador e voltado à sua propriedade, jogando a arma no rio, durante o percurso.

Atualmente, ele está preso na Cadeia Municipal de Capão Grande, na cidade de Várzea Grande. 

Há possibilidades de dele ficar em regime fechado, até seu julgamento ser marcado.

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