Polícia Civil negocia, mas não descarta a greve geral

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    Investigadores e escrivães não descartam paralisação geral e por tempo indeterminado


    Os investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso se reúnem, na próxima segunda-feira (13), com o secretário de Estado de Administração, César Zílio. O objetivo é negociar com o Governo do Estado as principais reivindicações das categorias, entre elas, novo reajuste salarial.

    Atualmente, o salário ddas duas categorias é de R$ 2.365,00 e, conforme o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, a proposta é que esse teto aumente para R$ 5.500,00.

    Desde a semana passada, os sindicalistas se organizam para fazer paralisações pontuais. A primeira, de 24 horas, ocorreu na sexta-feira (3) e outra, de 48 horas, foi realizada na segunda (6) e terça-feiras (7). Hoje, o serviço já está funcionando normalmente, porém não é descartada pelo sindicato uma greve por tempo indeterminado.

    "Após a reunião com o secretário de Administrãção, na terça-feira (14), teremos uma assembleia-geral para discutirmos o que foi ou não acordado. Caso não haja acordo, podemos, sim, deliberar por uma greve; dessa vez, por tempo indeterminado", afirmou o presidente do sindicato.

    Governo alerta sobre punição

    Ainda que haja a reunião com o Poder Executivo, na noite de terça-feira (7), o Estado anunciou que não irá aceitar uma greve geral por parte da Polícia Civil. Caso seja declarada oficialmente a paralisação, medidas judiciais para declarar a greve ilegal serão tomadas, conforme a Secretaria de Administração informou, por meio de uma nota oficial.

    Outras ações, de caráter administrativo, como descontos nos salários dos grevistas, e para responsabilizar os líderes do movimento, também não estão descartadas

    Na nota, o Governo do Estado argumenta que os escrivães e investigadores já foram contemplados com benefícios salariais, com a reestruturação da tabela, por meio da Lei Complementar nº 344, de 24 de dezembro de 2008, fixando subsídio para os anos de 2008, 2009, 2010 e 2011.

    Porém, o sindicato das categorias não concorda com esse posicionamento. "A reunião da próxima semana será exatamente para mostrar ao secretário que há um equívoco nessas considerações. Ele não estava na última administração [do ex-governador Blairo Maggi (PR)]. Então, não pode afirmar que já fomos contemplados, queremos mostrar a verdade", disse o presidente do sindicato.

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