A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigações sobre a morte do prefeito de Nova Canaã (, Antonio Luiz Cesar de Castro (DEM), ocorrida na noite de sexta-feira (5), durante uma festa em um clube da cidade. Luizão, como era conhecido, tinha 43 anos e foi executado com sete tiros.
Os delegados trabalham com duas linhas principais: uma relacionada a negócios do prefeito e outra, ligada a questões políticas. Durante a manhã desta segunda-feira (8), foram retomadas as entrevistas com os familiares e declarações de servidores do gabinete da Prefeitura.
Segundo a Diretoria Geral de Polícia Civil, 15 pessoas já foram ouvidas, no processo de investigação do assassinato. Os delegados Rogério Malacarne da Costa e Sérgio Ribeiro Araújo, da cidade de Colíder, colheram, no domingo (7), depoimentos dos filhos do prefeito e ouviram novamente a esposa da vítima.
O major Souza, da Polícia Militar de Alta Floresta, disse, em entrevista , que, após terem se passado 72 horas do crime, é cada vez mais difícil encontrar o assassino nas proximidades de Nova Canaã do Norte.
"O assassino não deve estar mais por perto. Estamos investigando hotéis da cidade e da região, que possam ter hospedado pessoas que correspondam às características do atirador. As informações são poucas. Agora, estamos fazendo buscas mais direcionadas", revelou o oficial.
A Polícia Civil sabe que dois homens chegaram em um Gol branco. Um deles, encapuzado, entrou no clube e foi até onde o prefeito se encontrava. Ele teria se certificado de que a vítima era realmente seu alvo, perguntando se era o "Luizão". Após ter confirmado, efetuou os disparos com uma pistola 380 mm.
Os tiros foram disparados a curta distância – a cerca de 1 metro – e atingiram a região do tórax e costas de Luizão. No local, foram coletados projéteis de calibre 380. O suspeito deixou o clube a pé.
Até o momento, a cidade está sem gestor; o vice-prefeito Vicente Medeiros (PMDB) ainda não foi empossado para assumir o comando do Executivo.
Vereadores, secretários e o vice-prefeito devem se reunir, ainda nesta segunda – ou, no mais tardar, na terça-feira (9) – para definirem os rumos da gestão na cidade, após o assassinato do prefeito.
"A cidade está em luto, é uma tragédia e ainda não conseguimos sair do choque. Vamos nos reunir e resolver como sair dessa crise", disse o vereador Ouvídio Tomitão (PP), que estava ao lado de Luizão, no momento em que o pistoleiro chegou ao clube, perguntou quem era o prefeito e disparou os tiros fatais.