A Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Fazendária começou, na terça-feira (20), a investigar uma suposta lavagem de dinheiro obtido com a compensação a mais de R$ 253 milhões, em cartas de créditos que beneficiaram agentes fazendários lotados na Secretaria de Fazenda de Mato Grosso.
Segundo informações da TV Centro América (Globo/4), no decorrer as investigações que levaram à deflagração da Operação "Cartas Marcadas", agentes da Polícia Civil descobriram uma fazenda em Sertãozinho, no interior de São Paulo, que pode ter ligação com a suposta lavagem de dinheiro.
A propriedade é da jornalista Anglisey Volvoc, esposa do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), suspeito de integrar o esquema de fraude, apontado em relatório da Auditoria Geral como responsável por um rombo milionário nas finanças do Estado.
A emissora exibiu, no telejornal "Bom Dia, MT", hoje, imagens gravadas por agentes confirmam que a casa é de Anglisey. Agentes confirmam as suspeitas em interrogatório a um caseiro.
Levantamento da Polícia Civil aponta que a fazenda está avaliada entre R$ 10 milhões a R$ 15 milhões.
A propriedade tem móveis de luxo, equipamentos de eletrônicos de última geração e um galpão para confinamento de 1,2 mil bovinos de alta qualidade.
Segundo a Polícia, Anglisey Volcov trabalhava no escritório do advogado Ocimar Campos, concunhado do deputado Gilmar Fabris. Ele foi preso na última quarta-feira em Ribeiro Preto (SP).
Segundo a TVCA, a jornalista compensou cartas de créditos, com uma transação com a empresa Agrenco do Brasil, no valor de R$ 9,954 milhões, valores que seriam compensados no pagamento de impostos ao Estado.
Em entrevista à emissora, o advogado de defesa dos acusados, Paulo Budóia, negou que seus clientes tenham desviado dinheiro e operado a lavagem apontada pela Polícia.
"Qual o mal de uma pessoa ter uma casa ou uma chácara? Esse processo não pode investigar este caminho", disse o advogado.
