Piratas da rede voltam a atacar sites em Mato Grosso

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A Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), da Polícia Civil de Mato Grosso, investiga pelo menos dois novos ataque contra sites de Cuiabá. Na noite de terça-feira (8), por volta das 21 horas, o site da Prefeitura Municipal de Várzea Grande foi invadido por hackers. 

A invasão só foi percebida na manhã de quarta-feira (9) por profissionais da Tecnologia da Informação (TI) da Prefeitura, responsáveis pela manutenção do site.

Logo após a descoberta de invasão, o Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (Cepromat) foi comunicado e o acesso ao site foi suspenso. A assessoria do Cepromat informou aoMidiaNews que o órgão está buscando uma solução para reativar o site. 

Até a conclusão desta reportagem, a página ainda estava fora do ar, apenas exibindo a mensagem "Site em manutenção". Esta é a segunda vez, nos últimos meses, que o sistema da Cidade Industrial é atacado.

O portal Gazeta Digital, do Grupo Gazeta de Comunicação (Rede Record), sofreu uma tentativa de invasão, na manhã de quarta-feira (9). Na sua edição de quinta-feira (11), oo jornal A Gazeta informou que o ataque ocorreu após o roubo, por parte dos criminosos, de uma senha.

A reportagem diz ainda que o sistema não chegou a ficar instável, nem a prejudicar equipamentos das pessoas que o acessavam. Os hackers não conseguiram sequer acessar os servidores que hospedam o portal. 

Porém, por precaução, a equipe de segurança decidiu tirar o portal do ar e realizar uma varredura, no sentido de encontrar arquivos que poderiam ter sido infectados.

Ataques

A delegada Maria Alice Barros Martins Amorim, responsável pela Gecat, disse em entrevista ao MidiaNews que, em pouco mais de quatro de atuação da Gerência, já foram registrados cerca de 30 procedimentos operacionais por crimes digitais, em Mato Grosso.

Segundo ela, os crimes virtuais se tornaram uma grande preocupação a Polícia. "Temos registros de vários tipos de ocorrências: ataques a sites, pessoas que compraram em sites fantasmas e foram lesadas, invasão de perfis de redes sociais… São várias tipificações e todas preocupantes", disse. 

Hacker e cracker

A delegada alertou para o fato de que existe diferença entre hackes e crackers. Os crackers são indivíduos que utilizam seu conhecimento para invadir computadores e roubar informações confidenciais. Geralmente, essas informações são vendidas ou utilizadas para aplicar golpes na Internet.

Já o hacker é um indivíduo que utiliza seu conhecimento para testar os recursos de segurança instalados na empresa. O hacker não invade um sistema com o intuito de causar danos, a intenção dele é provar que consegue burlar o sistema de segurança.

A delegada garantiu que as pessoas que cometem crimes virtuais, harckers e crackers, não conseguem ficar no anonimato por muito tempo. 

Maria Alice afirmou que as investigações, quase sempre, chegam ao responsável. "Cometer crime da Internet não é garantia de anonimato. Hackers e crackers podem, sim, ser rastreados e serão punidos da mesma forma. Já temos mecanismos que rastreiam a identidade dos invasores", disse.

O Brasil ainda não possui uma legislação específica para crimes de Internet. Porém, o Código Penal pode ser usado para tipificar crimes, como dano ao patrimônio e subtração e informações. 

MidiaNews invadido

Em julho, o MidiaNews foi invadido por hackers e precisou ficar por cerca de 5 horas em manutenção. Os invasores incluíram em todas as chamadas a frase: "Parem de contar mentiras!".

O diretor do portal, o empresário e jornalista Ramon Monteagudo, definiu a ação como uma intimidação à cobertura jornalística crítica. 

Logo após a invasão, o servidor do Uol Host, fixado em São Paulo, foi acionado e informou, preliminarmente, por meio de um rastreamento, que a invasão poderia ter partido de um computador em Brasília.

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