A Polícia Federal desencadeou uma Operação Re-Volver na manhã desta quarta-feira (2) para combater o tráfico internacional de drogas. A Justiça expediu 32 mandados de prisão e 20 de mandados de busca e apreensão. Contudo a maioria dos envolvidos já se encontra presos e apenas dois estão foragidos.
A operação ocorre em cinco estados e revela a fragilidade do sistema penitenciário, já que durante as investigações foram interceptadas conversas de presos com terceiros. O foco da ação da PF está em Cáceres.
A ação também ocorre em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Mirassol Doeste, Nova Olímpia, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Vitória (ES), Imperatriz (MA), Goiânia (GO), Rio Verde (GO). Foi pedido o sequestro de bens e rendas de parte dos investigados.
A operação tem como origem fatos investigados no âmbito da Operação Volver, deflagrada no dia 10 de julho de 2009. Foram aprofundadas as investigações em relação a um empresário de Cáceres/MT, tendo em vista que na referida operação não haviam sido colhidas provas suficientes de sua participação nos eventos criminosos.
Inicialmente, constatou-se que referido empresário financiava a atividade do tráfico de entorpecentes, inclusive de alguns investigados já presos na Volver.
Com o aprofundamento das investigações constatou-se o envolvimento de diversas pessoas ligadas a referido empresário que também participava ativamente de roubo e receptação de veículos roubados para posterior troca por substância entorpecente e aquisição de armas de fogo de origem ilícita. Referido empresário ainda se envolveu em um homicídio no município de Cáceres, motivo pelo qual atualmente se encontra preso.
No decorrer das investigações foram realizados diversos flagrantes que culminaram na apreensão de 82.756 quilos de pasta base de cocaína, a prisão de 22 pessoas e dois menores, recuperação de 3 carretas roubadas, recuperação de 1 veículo com chassi adulterado, além de 1 prisão por uso de documento falso.
Também verificou-se a participação de dois policiais militares, tendo sido preso um soldado PM que colaborava com o bando criminoso fornecendo informações privilegiadas que evitavam as apreensões (pela polícia) dos veículos roubados, ou seja, garantindo que estes “transitassem seguros” até o seu destino.
Assim como na Operação Volver, constatou-se a reiteração criminosa por parte dos autores destes crimes. Quase metade dos investigados já se encontravam presos e boa parte do restante possui antecedentes criminais.
