Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (18), a Polícia Federal realiza a Operação Asafe e cumpre 14 mandados de prisão temporária e 30 de busca e aprensão, em escritórios de advogados e casas de juízes e desembargadores, em Cuiabá, Alto Araguaia e Várzea Grande.
A ação é resultado de um inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que investiga a suposta venda de sentenças por advogados e magistrados de Mato Grosso.
Na ação, foram presos temporariamente, a mando do STJ, cinco advogados: André Castrilho, Rodrigo Vieira, Célia Cury, Eduardo Gomes e Alcenor Alves de Souza, estes dois últimos ex-prefeitos de Alto Paraguai. Célia Cury é esposa do desembargador José Tadeu Cury, aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em fevereiro passado.
Renato Viana Gomes, juiz do TRE-MT, foi intimado a depor. Todos estão, neste momento, na sede da Superintendência da PF, na Avenida do CPA.
O presidente da OAB-MT, Cláudo Stabile, acompanha os depoimentos.
A ação está sendo executada em parceria com o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil, atendendo a uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um dos alvos seria o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Os mandados de busca e aprensão são cumpridos desde 6 horas. A expectativa é que os presos cheguem ao prédio da PF por volta das 9 horas.
A Polícia Federal ainda não forneceu nenhuma informação oficial.
Asafe refere-se ao Salmo 82 da Bíblia, que diz: "Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses".
Ex-juiza do TRE-MT prestou depoimento (Atualizado às 9h43)
A ex-juíza do TRE-MT, Maria Abadia de Aguiar, acaba de sair da sede da Polícia Federal. Ela prestou depoimento referente a suposta venda de sentença, relacionada a prefeituras de Barão de Melgaço e Alto Paraguai. "Estou tranquila, nunca vendi sentença", disse.
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