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Uma equipe da Polícia Federal comandada pelo delegado Hércules Ferreira Sodré está em Juína (735 km noroeste de Cuiabá) para investigar o desaparecimento dos amigos Marciano Cardoso Mendes, 27, e Genes Moreira dos Santos, 24. Indígenas da etnia Enawenê Nawê são suspeitos da morte da dupla.
Os policiais, que chegaram ao local de avião, já fazem diligências na região incluindo a área da aldeia em busca dos rapazes. O delegado esclareceu que a investigação está começando e que qualquer informação divulgada neste momento pode comprometer o andamento dos trabalhos.
Familiares dos desaparecidos explicaram que eles saíram de Juína, na manhã de quarta-feira (9) com destino a Rondônia, para comprar roupas e revender na cidade. Após saírem de casa não mantiveram mais contato. A suspeita é que eles tenham sido mortos pelos índios quando furaram o bloqueio e se negaram a pagar pedágio.
Durante inauguração da 14ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar as famílias dos jovens foram recebidas pelo governador Pedro Taques (PSDB) que se comprometeu a acompanhar o caso e tentar interceder para que a situação seja resolvida o mais rápido possível.
Protesto e bloqueio
Índios da etnia Enagene-Nawê bloqueiam constantemente trechos da BR-174 próximo ao município de Juína e cobram pedágio dos motoristas que passam pelo local. Eles querem que o governo faça a manutenção da estrada que dá acesso a aldeia. A briga se estende desde o ano passado.
Vários acordos para liberação da via já foram firmados, porém nenhum chegou a ser cumprido o que leva os indígenas a retomarem o bloqueio e a cobrança de pedágio.
Eles utilizam pedra, troncos de árvores e ameaçam os motoristas com arco e flecha. Quem se nega a pagar o pedágio é impedido de passar pela barreira.
Outro lado
Procurada pela equipe do GD, a Fundação Nacional do Índio (Funai) não se pronunciou até a publicação desta matéria.
