Pescadores de MT não recebem seguro defeso

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Os pescadores de Cuiabá reclamam do atraso no pagamento do seguro-defeso. O motivo do atraso no pagamento é por falta de funcionários no atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O atraso deixou muito pescador insatisfeito com a situação. Como é o caso da pescadora Zilda Gonçalves. Ela afirma que só vive da pesca e a ausência do pagamento compromete o orçamento familiar. Quem vive da pesca precisa. “Nós necessitamos desse dinheiro porque vivermos da pesca”, reclamou.

Esse atraso é a primeira vez que acontece em Mato Grosso, o que deixou muitos pescadores aflitos em relação aos pagamentos dos salários. Em dezembro já era para cair a primeira parcela do seguro defeso, mas não ocorreu. “Todos os anos recebemos direitinho o benefício, mas esse ano estamos com problemas em receber”, conta o pescador José Camargo.

Antonio Batista explica que no final do ano, muitos pescadores não tinham o que comer em casa, só não passaram fome porque foram para a casa de parentes. “É humilhante não ter o que dar de comer para os nossos filhos, sabendo que trabalhamos o ano inteiro com a pesca e nunca faltou o peixe em casa”. Agora temos que esperar o governo federal passar a verba para pagar os nossos salários nesta época da piracema”.

O pescador Benedito Ramos, 54, disse que já foi várias vezes no INSS, e que até o momento não recebeu nada. “Como é que vou sustentar mulher e filhos desse jeito? Não só eu, mas toda a classe dos pescadores estamos na expectativa de receber o nosso benefício. Assim a gente fica sem poder viver”, complementa.

O presidente da Colônia Z 14, Belmiro Lopes Cunha informa que no INSS como não tem uma quantidade de profissionais capacitados para atender na área da pesca, porque eles não tinham conhecimento de como fazia este pagamento. “O governo federal tirou o Ministério do Trabalho e passou este serviço para o INSS que está demorando na conclusão em fazer o pagamento aos pescadores”.

Belmiro relata que aqui no Mato Grosso a lei é severa com os pescadores no rio na época da piracema. “Se a policia ambiental encontrar algum pescador pescando ele é preso e não tem fiança. Portanto, o pescador tem que submeter a espera da boa vontade dos funcionários do INSS em trabalhar. Nós pedimos ao governo federal ou do estado para intervir e faça com que venha funcionar o serviço no INSS para que pague os pescadores”, desabafou.

O seguro-defeso é disponibilizado a todos os pescadores artesanais cadastrados e regularizados no sindicato e colônias. O valor corresponde a um salário mínimo por mês durante toda a temporada de suspensão da pesca.

O período do defeso no Rio Cuiabá foi iniciado no dia cinco de novembro e irá até o dia 28 de fevereiro deste ano. Durante os quatro meses de proibição os pescadores profissionais recebem um salário mínimo, porque são obrigados a paralisar a sua atividade para a preservação da espécie.

Outro lado
A reportagem do GD entrou em contato com a assessoria de imprensa do INSS, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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