Perri ameaça acionar juíza na Corregedoria caso volte a desobedecer decisão do TJ

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RAFAEL DE SOUSA(o independente)

O clima entre o desembargador do Tribunal de Justiça Orlando Perri e a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, esquentou na tarde desta segunda-feira (13).

Perri acusou a magistrada de desobedecer a decisão da Primeira Câmara Criminal do TJ, que em novembro passado autorizou a soltura, mediante pagamento de fiança de R$ 6,1 milhões, de Walter Dias Magalhães, sócio do Grupo Soy e apontado como comparsa do ex-vereador João Emanuel em crimes de estelionato.

Diante da desobediência de Selma Arruda, que não aceitou uma fazenda de mil hectares como hipoteca, o desembargador ameaça acionar a Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) para que puna a magistrada, caso haja reincidência.

“Advirto, ainda, que, se demonstrada recalcitrância [teimosia] da autoridade coatora no cumprimento da ordem exarada por este Sodalício [desembargador], sobretudo neste caso específico, será encaminhada fotocópia dos autos à Corregedoria-Geral de Justiça para instauração de procedimento administrativo para apuração dos fatos e de possível infração disciplinar, sem prejuízo do reconhecimento da abusividade da alegada protelação, para fins de responsabilizações, inclusive do Estado”, afirmou em trecho de nova decisão que defere o pedido de liberdade.

Perri também concedeu prazo de 24 horas para que a juíza explique quais foram os motivos que a levaram a não expedir o álvara de soltura do réu na ocasião em que foi concedida a medida cautelar ao acusado, no ano passado.

Castelo de Areia

Walter Dias Magalhães foi preso, em agosto do ano passado, na Operação Castelo de Areia por ordem da juíza Selma. Atualmente, ele está preso no presídio no bairro Carumbé e só deve ser solto na quinta-feira (16), já que na quarta-feira (15) está prevista uma paralisação dos agentes penitenciários.

A investigação, comandada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), apurou que Walter Dias e João Emanuel montaram organização criminosa, que agia em todo o estado de Mato Grosso, aplicando variadas formas de golpes, deixando prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões para pelo menos sete vítimas identificadas até o momento.

Uma das vítimas contou à Polícia que um chinês teria se passado por dono de banco para ludibriá-lo em um suposto investimento em parceria com o banco chinês, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somavam o valor de R$ 50 milhões. A promessa era que o investidor teria lucros maiores do que os oferecidos pelo mercado financeiro.


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