Após polêmica sobre evento realizado dentro do campus da UFF (Universidade Federal Fluminense) em Rio das Ostras, na região dos lagos, o corpo docente do Departamento de Artes e Estudos Culturais da instituição divulgou uma nota de esclarecimento em que afirmam que o evento se tratava de uma performance relacionada às atividades acadêmicas desenvolvidas no curso. Durante a apresentação chamada “Xereca Satâniks”, realizada na quinta-feira (28) em um terreno anexo ao da universidade, uma mulher teve a vagina costurada na frente de todos.
De acordo com a carta assinada pelos professores, a performance foi realizada durante um seminário chamado “Corpo e Resistência” por um coletivo de arte autonomista chamado Coyote. O trabalho do grupo seria uma “forma de apresentar uma prática do uso do corpo em performances artísticas e políticas”. Segundo os docentes, o tema da apresentação foi a onda de estupros que ocorre em Rio das Ostras.
Na nota, os professores afirmam que o “curso estuda as diversas manifestações de cultura e arte. Por isso, necessita ter plena liberdade para tratar de assuntos e performances relacionados aos temas pesquisados, sem constrangimentos”. Segundo eles, “o que está em jogo, de fato, é a autonomia docente e a garantia de plena liberdade de estudos e pensamento crítico na universidade pública”.
