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A juíza Selma Rosane de Arruda da 7ª Vara Criminal de Cuiabá ouve nesta sexta-feira (26) o empresário Paulo Gasparoto e o atual presidente da Fecomércio Hermes Martins Cunha. Eles foram referidos no processo e por isso, foram intimados a comparecer para prestar esclarecimentos na justiça.
São réus neste processo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), os ex-secretários de Fazenda Marcel de Cursi e da Casa Civil Pedro Nadaf. Eles são acusados de desviar R$ 2,7 milhões dos cofres públicos por meio de concessão irregular de incentivos fiscais.
O ex-governador é apontado como chefe do esquema criminoso, com atuação no Estado entre os anos de 2013 e 2014. O peemedebista está preso no Centro de Custódia de Cuiabá há quase 6 meses.
Na denúncia consta que Nadaf seria responsável por levantar o dinheiro de propina junto às empresas beneficiadas com incentivo fiscal, enquanto Marcel seria o “mentor intelectual”. A delação premiada do empresário João Batista Rosa, do Grupo Tractor Parts, foi decisiva nas investigações.
Siga em tempo real
17h46- Audiência é encerrada.
17h35- Magistrada alega que já tomou providências e certificou a justiça do Rio de Janeiro sobre a prisão de Francisco Lima na Operação Seven. Ela determina que ele retire a tornozeleira e que seja encaminhado para o estado de origem. Selma mandou pedidos de soltura para manifestação do Gaeco e do MP.
17h20- O advogado de Chico Lima pede iberdade ao seu cliente, por causa do fim da instrução. Ele pede também a retirada da tornozeleira que pertence a Segurança Pública do Rio de Janeiro. Além disso ele pede a retirada de um despacho ao qual ele não sabe do que se trata.
17h15- Advogado pede liberdade para Pedro Nadaf, e argumenta que ele não é mais presidente da Fecomércio e que estaria preso há 165 dias. Além de não fazer mais parte do governo,e porque é adversário político da atual gestão .
17h12- Termina o depoimento do atual presidente da Fecomércio.
17h- Hermes conta que Pedro Nadaf fez várias palestras para a TV Centro América. “ Questões empresariais tributárias e assuntos variados”.
16h48- Hermes conhece Pedro Nadaf desde os dois anos de idade. Ele sabia que Pedro tem uma empresa, mas não sabia a função da empresa. “ Sei que é uma empresa que presta assessoria, não sei quais eram as empresas para quem ele fazia assessoria”.
16h39- Hermes alega que o econtro entre Pedro e Gasparoto, foi para saber sobre o estado de saúde de João Rosa. Herme revelou ainda que Nadaf as vezes ele acumulou dois cargos. “Como secretário, e a vezes ele assumia a presidência da Fecomércio”.
16h31- O presidente da Fecomércio diz conhecer João Batista Rosa e que moram no mesmo bairro. Para a magistrada ele disse que não ouviu em algum momento assunto ligados se houve extorsão ou sobre colaboração premiada.
16h29- Magistrada lembra que ele [Hermes] acompanhou o Pedro Nadaf em uma reunião ao Paulo Gasparoto. Ele se recorda que foi até a loja Decorliz Pedro o acompanhou. “ Eles dois ficaram conversando, comprei o produto e posteriormente estavam na porta. Não mais do que 15 minutos”. Pedro havia dito que iria fazer uma visita.
16h26- Agora será ouvido Hermes Martins da Cunha atual presidente da da Fecomércio.
16h24- Depoimento de Gasparto é encerrado. Ao deixar a sala ele cumprimentou os réus.
16h- João Rosa compôs o Cedem é composto por 13 membros, sendo 6 da iniciativa privada e 6 de membros do Estado. João Rosa foi representante da Câmara de Dirigentes Logista. Ele disse que buscou informações, mas nada fora da anormalidade. João Cunha quer saber se ele pediu para João Rosa e Pedro olharem com ‘mais carinho’ na aprovação dos incentivos para sua filha, Gasparoto lembra que nesta época, o João Rosa não fazia parte do conselho do Cedem.
15h58- Com relação aos créditos que João Rosa tinha, Gasparoto fala que não tinha conhecimento sobre os processos das empresas dele. “Iamos na Fazenda tratar de vários assuntos e em um desses encontros o vi comentar sobre este crédito que ele alega que tinha. Eu fiquei sabendo destes créditos através do que ele me dizia”. Paulo Gasparoto disse que não sabe responder as perguntas de João Rosa, apenas que o créditos são oriundos de vendas fora do Estado.
15h55- João Cunha, advogado de Chico Lima, pergunta se Pedro ou Cursi pediu para ele [ Gasparoto] conversar com João Rosa e impedir a colaboração ou se usou de força para isso. El respondeu que não. Continua perguntando se oferece propinara para impedir João Rosa de fazer a delação e se sentiu coagido com a delação, ele respondeu, não. Advogado perguntou se quando esteve com João Rosa se estaria só, ele responde que sim.
15h44- Advogado de Pedro Nadaf, Alexandre Abreu pergunta se a filha dele “Jeanina” pagou algum tipo de vantagem para obter incentivos e ele responde que não. “Esta empresa faz venda de perfumes online. Foi feito tudo dentro da norma, as minhas empresas também foram beneficiadas por um curto período. Trata-se da Decorliz que obteve incentivos em 2014”.Advogado reforça pergunta se ele foi forçado a pagar propina, ele responde que não.
15h36- Advogado de Silval, Ulisses Rabaneda pergunta se Gaparoto foi no anoversário de 50 anos de Pedro Nadaf, realizado na Taberna Portuguesa, no ano de 2013. A festa foi bancada pelo delator. O empresário e presidente da CDL não se recorda. O advogado continua perguntado se ele é amigo de João Rosa, ele responde que não. “Eu já foi almoçar com o João Rosa na Taberna e nada mais”.
15h32- MP pergunta sobre Marcel e quais os cargos que ele ocupou. “Ele é funcionário de carreira e desde quando frequentava foi adjunto e secretário de Fazenda”. A secretária que atendia ele era a Valéria.
15h27 – Gasparoto lembra da conversa que teve com Pedro, que havia perguntado se ele estaria falando com João Rosa. Promotora pergunta se ele conhece o Florindo da City Lar e se ele havia falado com João Rosa. Gasparoto diz que ficou sabendo por meio da imprensa.
15h22- Promotora Ana Cristina Bardusco, pergunta se o Hermes teria dito que iria com Nadaf na reunião. Ele não avisou. “Eu senti certa ansiedade, preocupação com esta delação. Ele [Pedro] sabia que era uma delação do João Rosa”.
15h18- Magistrada pergunta sobre propina. “Eu conheço este assunto sobre a imprensa, Rosa nunca me disse nada sobre”. O presidente da CDL não soube informar se ele estaria recebendo incentivos.
15h17- Gasparoto cita que João Rosa estava preocupado devido o nome de sua empresa contar na CPI da Sonegação.
15h- O presidente da CDL, Paulo Gasparoto é o primeiro a ser ouvido pela juíza Selma Rosane.Para a Magistrada, Gasparoto disse que teve contato com João Batista. “O Hermes me pediu uma reunião, e ele chegou acompanhado do Pedro Nadaf. O senhor Hermes me pediu para retirar e eu fiquei com Pedro na sala. Conversamos sobre a situação do país e indagou sobre a respeito a João Rosa e de uma colaboração premiada, mas respondi que não tinha conhecimento”. Ele afirmou que conversou com João Rosa um dia anterior desta reunião. Paulo Gasparoto avisou ao João Rosa que Pedro Nadaf estaria preocupado.