Patrocinadora de Neymar e C. Ronaldo quer bancar o 1º atleta de ponta gay do mundo

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A discussão dos direitos aos homossexuais na sociedade pelo planeta já chegou ao esporte. De olho no que pode ser um “novo mercado”, a empresa americana Nike está de olho em qual será o primeiro atleta de alto nível do mundo esportivo a “sair do armário”, ou seja, a admitir ser gay. A empresa que patrocina astros como Neymar e Cristiano Ronaldo quer marcar época.

A revelação foi feita por Rick Welts, ex-executivo do Phoenix Suns e atual presidente do presidente do Golden State Warriors, ambos times da NBA, a liga americana de basquete. Em entrevista ao site Bloomberg, Welts afirmou que ouviu de dirigente da multinacional americana de que há um grande interesse da marca acerca do nicho ainda a ser explorado.

— Recebi a seguinte mensagem deles: se alguém pensa em se tornar o primeiro atleta gay a admitir isso dentro dos principais esportes americanos, a companhia o quer como nosso garoto-propaganda.

De acordo com o cartola americano, a Nike iria “apoiar de maneira inquestionável” esse grande atleta, caso ele viesse a público para revelar a sua “real opção sexual”.

— O jogador que fizer isso (admitir que é gay), eles (Nike) vão se sentir incrivelmente dispostos a apoiar, diante das oportunidades que serão postas na mesa, e não com aquelas que eventualmente serão retiradas.

Para concorrentes e especialistas em marketing esportivo, o recado da Nike segue uma tendência já detectada pelo mercado, e a multinacional não é a única que se vê diante de oportunidades de negócio, caso obtenham um “genuíno garoto-propaganda” da causa gay no mundo dos esportes. Estudos apontam que trata-se de um mercado de R$ 1,6 trilhão, ainda inexplorado.

De acordo com Mark Elderkin, chefe-executivo da rede Gay Ad, e Bob Witeck, estrategista com atuação no marketing voltado para os gays, as empresas hoje não temem mais serem associadas aos homossexuais, algo impensável há anos atrás. A perspectiva, segundo os dois, é de que o primeiro atleta de alto nível que admitir publicamente que é gay “ganhará milhões”.

Ao mesmo tempo que o mercado publicitário está de olho nas oportunidades que a presença de grandes atletas gays poderia trazer, o próprio mundo do esporte deixa de lado o preconceito. Na MLB, a liga americana de beisebol, o gerente do Boston Red Sox, John Farrell, declarou recentemente que um jogador gay seria bem vindo ao time. Na NHL, a liga de hóquei no gelo, foi lançado na semana passada o projeto “Você Pode Jogar”, o qual visa combater a homofobia no esporte e estimular a presença de homossexuais na modalidade.

Em meio às muitas certezas, resta apenas uma dúvida: quem será o primeiro grande atleta a se assumir perante o mundo, colocando declarações e teorias à prova? A conferir.

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