O presidente do diretório regional do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, assegurou que seu partido ficará com as secretarias de Turismo e Cidade da Prefeitura de Cuiabá. A afirmação foi ratificada pelo prefeito Chico Galindo (PTB) que, mesmo sem confirmar, disse que defende que o secretariado municipal tenha um alinhamento partidário com o estadual. “Por exemplo, a Cidades tem o Nico Baracat (PMDB) no Estado, então o ideal seria o PMDB assumir no município também”, comentou Galindo.
Mesmo com a certeza das pastas que deve comandar na Capital, o partido ainda não definiu os nomes que integrarão a equipe de Galindo. A discussão é tão intensa que chegou a gerar um clima desconfortável no diretório com a possibilidade de um suposto boicote à indicação do nome do vereador Domingos Sávio para assumir um dos cargos, que chegou a despontar como um dos favoritos para a secretaria de Turismo, antes do anúncio da criação da secretaria de Cidade, que despertou o interesse de todos os partidos que passarão a compor o governo municipal. “Só estamos discutindo democraticamente”, ressaltou Bezerra.
Apesar de admitir o debate interno, o deputado disse que a decisão está a cargo do diretório municipal, comandado por Clóvis Cardoso. Bezerra ainda admite que o nome do dirigente é um dos cotados para integrar o executivo, também cita o suplente de vereador Mário Lúcio e os parlamentares em exercício, Sávio e Arnaldo Penha. "A decisão que o diretório tomar, tanto eu, como o governador Silval Barbosa (PMDB) apoiaremos", destacou.
Ele também garantiu que a definição sairia em breve, mas o embate deve se prolongar até a véspera do anúncio de Galindo, previsto para 30 de janeiro. Isso porque o PP defende a permanência de João Emanuel, responsável pela Agência Municipal de Habitação, que será reformulada para dar origem à secretaria da Cidade. Mesmo defendendo o alinhamento vertical, Galindo reconhece a dívida de gratidão com os progressistas, que sempre estiveram em sua base aliada.
Para Bezerra, ter um secretário estadual e municipal do mesmo partido facilitaria o entrosamento. O problema é que diferentemente do que acontece no Turismo, setor em que o partido também possui representante no governo federal, o Ministério das Cidades é comandado por um progressista, outro ponto que favoreceria a permanência de João Emanuel no cargo.
