A partir da 0 hora desta quarta-feira (19) usuários do transporte coletivo em Cuiabá passarão a pagar R$ 2,85 pela passagem, que hoje custa R$ 2,95. A redução foi confirmada no início da noite desta segunda-feira (17) pelo prefeito Mauro Mendes. O percentual que deixa de ser cobrado é de 3,65%. Na Capital, o reajuste que entrou em vigor no início do ano aumentou em R$ 0,25 a tarifa que antes custava R$ 2,70. Na época até houve um protesto pacífico na Praça Alencastro em frente ao prédio da prefeitura, mas o aumento foi mantido.
Os 10 centavos serão retirados para atender à determinação do governo federal, por meio da presidente Dilma Roussef que editou uma Medida Provisória zerando as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) do setor dos transportes públicos em todo o país. O documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial do dia 31 de maio, mas só agora a redução da passagem em Cuiabá foi confirmada pelo prefeito.
Vereadores como Allan Kardec, Dilemário Alencar e Onofre Júnior já vinham cobrado na Câmara Municipal de Cuiabá uma posição do Executivo, se iria reduzir ou não a tarifa. Eles se posicionaram na Tribuna e questionaram se a redução seria aplicada em Cuiabá e qual era a previsão para isso acontecer. Allan ressaltou que deveria baixar em 12 centavos. Agora o anúncio foi bem próximo ao valor cobrado pelo perlamentar. Dilemário por sua vez, chegou apresentar requerimento solicitando uma posição do prefeito sobre a redução.
Conforme a Medida Provisória 617 que vale para ônibus, trem e metrô, o percentual de 3,65% deixa de ser cobrado para reduzir os custos das classes média e baixa, que utilizam ônibus e metrôs, aliviando o impacto dos reajustes anunciados neste ano. A medida foi anunciada no final de maio pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tentar neutralizar as altas de tarifas promovidas pelas prefeituras do país.
Na prática a redução não tem ligação direta com os protestos que vêm ocorrendo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades do país. Mas indiretamente, a pressão dos manifestantes e o temor de que protestos também pudessem ganhar força por aqui, pode ter contribuído para o prefeito de Cuiabá ter se posicionado sobre o assunto e conversado com os empresários para colocar em vigor a redução da passagem, uma vez que os impostos deixaram de ser cobrados pelo governo federal. Resta agora à prefeitura de Várzea Grande também anunciar se irá ou não reduziar a passagem no município vizinho, uma vez que o rejuste nas 2 cidades ocorreu simultaneamente e lembrando que a redução dos impostos vale para todo o país. (Colaborou Gláucio Nogueira)
