Para governador, problema do MT Saúde é de gestão

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O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que está buscando meios para tornar auto-sustentável o MT Saúde, plano de saúde dos servidores do Estado. Em entrevista à TV Record MT (Canal 10), ele afirmou que os gastos do plano se elevaram a tal ponto que se tornou impossível bancá-lo.

O MT Saúde foi criado em 2003, no Governo Blairo Maggi (PR), para atender aos servidores públicos estaduais, sendo subsidiado pelo Governo do Estado.

 “Nós estamos buscando instrumentos para que ele seja auto-sustentável. Quando o MT Saúde foi criado, havia um prazo determinado para que ele se tornasse auto-sustentável. Mas, aconteceram problemas de gestão”, disse o governador.

“No começo, a quantia arrecadada pelos servidores era R$ 6 milhões, e o Estado entraria com mais R$ 3,5 milhões como contrapartida para ajudar o plano. Isso totaliza R$ 9,5 milhões para sustentar o plano. Porém, chegou um momento em que o plano gastava R$ 18 milhões por mês. Como você sustenta um plano desse?”, questionou. 

Silval disse que o déficit do plano chegou a R$ 70 milhões, e as dívidas se acumularam, o que levou os hospitais a começarem a suspender o atendimento. No entanto, ele garantiu que já está tudo resolvido, e a dívida está “praticamente zerada”.

Subsídio

Silval Barbosa observou, também, que somente 15 mil dos 100 mil servidores estaduais são conveniados ao plano de saúde – gerando um total de cerca de 55 mil pessoas atendidas, incluindo os dependentes. 

O governador disse que é preciso colocar limites nos gastos do Governo do Estado com o plano, e que não pode aplicar cada vez mais dinheiro público no MT Saúde.

“Do mesmo jeito que os servidores reclamam que não têm atendimento, o restante dos 3,5 milhões de habitantes do Estado falam que estou pegando dinheiro da Saúde normal para atender 15 mil servidores. Então, essa reclamação também existe do outro lado”, observou.

O governador disse que é preciso ajustar o MT Saúde à realidade financeira, e citou os planos de saúde privados como exemplo. 

“Tenho que ajustar o plano de saúde. Todos os planos fazem procedimentos pré-agendados, fazem um monitoramento, uma triagem. No MT Saúde não, ele ia atendendo tudo do jeito que precisava”, disse.

“Temos que retomar o plano dentro de uma boa gestão. Se o plano de saúde arrecada R$ 9,5 milhões, ele tem que sobreviver com R$ 9,5 milhões”, completou Silval.

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