Para assegurar a contratação da joia do Vélez Sarsfield, Lucas Romero, o Cruzeiro teve de enviar o seu diretor de futebol, Thiago Scuro, até Buenos Aires e evitar que fosse ‘atravessado’ no negócio. O receio passava diretamente pela ameaça de São Paulo e Palmeiras, que tentaram entrar na briga depois do acordo praticamente selado. O atleta de 21 anos foi apresentado na última sexta-feira.
O volante sempre foi um sonho de consumo na Toca da Raposa II.
As condições para finalmente trazê-lo eram mais do que atraentes dessa vez: sem custo imediato, com 50% dos direitos econômicos repassados em definitivo – a outra metade ficou com o Vélez – e grande potencial de revenda.
Ainda assim, o jovem jogador de 21 anos não figurava como plano A celeste para a posição, preterido pelo colombiano Gustavo Cuéllar, ex-Deportivo Cali, que foi parar no Flamengo após suposto leilão de seus representantes.
A princípio, as conversas por Lucas Romero foram todas elas intermediadas com o empresário Alberto Stagliano fazendo a ponte até o Vélez Sarsfield.
Com as cifras apresentadas para a contratação de um atleta que já esteve até mesmo no radar do Real Madrid, a concorrência, então, cresceu.
O São Paulo tentou seduzir através do seu técnico Edgardo Bauza, repetindo estratégia utilizada anteriormente no empréstimo de Jonathan Calleri, ex-Boca Juniors. O Palmeiras, por sua vez, ainda que insista que o seu ciclo de contratações se encerrou com o volante Jean, ex-Fluminense, recorreu ao mantra repetido por seu diretor Alexandre Mattos em relação a uma “oportunidade de negócio” para tentar.
Perguntado sobre o assunto, o presidente cruzeirense Gilvan de Pinho Tavares diz apenas que “houve, sim, bastante concorrência”.
Lucas Romero fechou contrato até dezembro de 2020.