Enquanto o secretário estadual de Saúde Pedro Henry (PP) se preocupa em marcar posição, revolucionar a área e amenizar o desgaste acumulado em sua trajetória política, querendo modificar o modelo de gestão adotado até agora no setor, os paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) continuam espalhados nos corredores dos seis hospitais regionais que existem em Mato Grosso tentando conseguir atendimento. As unidades de saúde são localizadas em Rondonópolis, Cáceres, Água Boa, Sorriso, Barra do Garças e Colíder, além do Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
Em todo o Estado faltam médicos, infraestrutura e remédios. Além de poucos profissionais efetivos na área, raros são os que cumprem a carga horária de trabalho, que não é pequena. Assim, os pacientes ficam jogados nos cantos dos hospitais esperando a "boa vontade" dos poucos médicos que permanecem fazendo o trabalho.
Estes profissionais, no entanto, já não conseguem esconder a insatisfação com a falta de infraestrura para os atendimentos e já "colocam a boca no trombone", fazendo denúncias que desgastam o governo, já que a pasta da Saúde é uma das que mais acumulam problemas. Há menos de 3 meses no comando da secretaria de Saúde, Henry já motivou os médicos do SUS a entrarem em greve.
O secretário não faz questão alguma de negociar com os médicos, que também não demonstram vontade de trabalhar, e o impasse continua. Audiências públicas têm sido realizadas para discutir o polêmico tema, mas o resultado, na prática, é nenhum. Um festival de vaias e discussões que não resolvem o problema e, enquanto isso, quem sente na pele, literalmente, são os pacientes amontoados nos corredores dos hospitais geridos pelo Estado. Conforme o orçamento previsto para 2011, devem ser investidos R$ 1,3 bilhão na Saúde em Mato Grosso.