Otaviano Pivetta é o segundo candidato mais rico de MT

Com um patrimônio avaliado em R$ 132 milhões, o candidato a vice-governador pela coligação "Mato Grosso Melhor Pra Você", o deputado estadual licenciado Otaviano Olavo Pivetta (PDT) é o segundo mais rico na disputa eleitoral deste ano, no Estado. O ex-governador Blairo Maggi (PR), que concorre a uma vaga no Senado, tem patrimônio de R$ 152 milhões.

Pivetta foi prefeito, por duas vezes, de Lucas do Rio Verde (324 km ao Norte de Cuiabá) e é empresário do setor do agronegócio. De acordo com a declaração de bens apresentada por Pivetta à Justiça Eleitoral, no começo da semana, a maior parte dos investimentos está em armazéns e beneficiadoras de grãos.

Fazem parte do patrimônio do deputado: aplicações no valor de R$ 1,5 milhão na JR Armazéns Gerais Ltda.; R$ 237 mil investidos na Cooperativa de Créditos de Lucas do Rio Verde; uma casa no valor de R$ 100 mil; investimentos no valor de R$ 760 mil na Cooperativa Agro Industrial do Centro Oeste do Brasil (Coabra).

Ele ainda tem participação societária, no valor de R$ 692 mil, na Associação de Beneficiários da Rod. da Produção; ações no valor de R$ 110 milhões na Vanguarda Participações S.A.; R$ 2 milhões em nome de Neuza Lucia Pivetta Tissiani; R$ 7 milhões em nome Adriano Pivetta (irmão); R$ 2 milhões em nome de Pedro Roberto Tissiani.

O candidato também declarou uma fazenda chamada Vale do Sol no valor de R$ 773 mil; Fazenda Iporanga avaliada, de R$ 5 milhões; investimentos no valor de R$ 136 milhões na Companhia Melhoramentos Oeste da Bahia e uma Fazenda denominada Margarida, no valor de R$ 2 milhões.

Na declaração de bens do candidato, figura uma dívida no valor de R$ 141.441.915,96.

Caso Cooperlucas

Segundo a Justiça Federal, Otaviano Pivetta figura na lista do envolvidos no "Escândalo da Cooperlucas", que teria resultado no desvio de mais de R$ 200 milhões, mediante operações fraudulentas com empréstimos do Governo Federal e ações financeiras, envolvendo da agência do Banco do Brasil de Lucas do Rio Verde e a cooperativa de crédito.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia, neste ano, dando conta de que produtores rurais emitiram, com a colaboração da empresa Coagril (Cooperativa Agropecuária e Industrial Luverdense Ltda.) e Safrão Armazéns Gerais, conhecimentos de depósito sem a existência de produtos agrícolas, conseguindo de maneira fraudulenta junto ao Banco do Brasil de Lucas do Rio Verde financiamento para plantio agrícola.

Em entrevista, Pivettta negou que tenha qualquer ligação com o processo. Ele classificou o fato como uma "campanha difamatória", alegando que, nos últimos 13 anos, tempo em se arrasta a investigação do caso, sua vida foi "virada do avesso".

Mas, ainda assim, segundo ele, não houve nenhuma notificação por parte da Justiça.

Confira a relação de bens apresentada por Otaviano Pivetta ao TRE-MT: