O Orlando City, que tem interesse em Paulo Henrique Ganso, entrou com processo no Tribunal de Justiça de São Paulo para cobrar R$ 13.878.159,26 do São Paulo. A dívida seria referente ao descumprimento de obrigações contratuais estabelecidas no empréstimo de Kaká, que atuou pela equipe brasileira no segundo semestre do ano passado.
Segundo o clube norte-americano, o São Paulo se obrigou a pagar 20% sobre eventual aumento da receita líquida nos jogos do Campeonato Brasileiro de 2014 disputados no Morumbi com a presença do jogador em campo. A comparação seria feita com base nas quatro partidas feitas em casa antes da estreia do meia – e deveria ser comprovada com documentação, sob pena de multa diária de US$ 10 mil dólares a partir da assinatura do contrato.
A diretoria são-paulina encaminhou e-mail com o valor (que foi aprovado pelo diretor executivo do Orlando), mas, além de não pagá-lo, deixou de apresentar documentos que comprovassem a veracidade do cálculo, motivo pelo qual o clube de Kaká exige pagamento de multa de US$ 3.780.000,00 (ou R$12.133.800,00, em conversão ao câmbio comercial de segunda-feira, data que em foi distribuído o processo). A defesa lista também outra pendência não cumprida e já admitida pelos dirigentes brasileiros: a realização de dois amistosos entre os dois times (um no Morumbi, em janeiro, e outro nos Estados Unidos, em fevereiro), para marcar respectivamente a despedida do São Paulo e a apresentação na equipe americana, a qual teria direito a 80% da venda de ingressos.
Essa questão, no entanto, é secundária para o Orlando, que tem como maior objetivo o recebimento de quase R$ 14 milhões e abriu conversas em busca de um acordo. A intenção do clube do exterior, que é presidido pelo brasileiro Flávio Augusto da Silva, é que a dívida seja transformada em transferência do meia Paulo Henrique Ganso.
Elogiado por Kaká, de quem foi companheiro, o camisa 10 são-paulino já foi procurado. No domingo, ele foi expulso durante a derrota para o Sport, em Pernambuco, por ter recebido dois cartões amarelos, sendo o segundo deles por insistir em reclamar com a arbitragem.