OPERAÇÃO HYBRIS PF apreende 3 mil cabeças de gado

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Cerca de três mil cabeças de gado foram apreendidas em uma fazenda na região de Pontes e Lacerda (448 Km ao Oeste da Capital) durante a Operação Hybris, deflagrada na manhã desta quarta-feira (08) pela Polícia Federal (PF). As investigações giram em torno de uma quadrilha internacional de drogas que movimentou cerca de R$ 30 milhões, com a grife “Superman Pancadão”.

Além das cabeças de gado, foram apreendidas aproximadamente 100 quilos de cocaína, relógios de luxo, veículos, dinheiro em espécie – tanto dólares quanto reais -, entre outros objetos. Ao todo foram realizada 30 prisões e cumpridos 38 mandados de buscas e apreensões em sete municípios do Estado.

Em Cuiabá foram quatro mandados de prisão e oito de busca e apreensão; Várzea Grande contou com uma prisão e duas de busca e apreensão; Cáceres três prisões e quatro mandados de busca e apreensão; Pontes e Lacerda 15 prisões e 20 buscas e apreensões; Vila Bela da Santíssima Trindade uma prisão e três buscas; Jauru uma prisão e uma busca e apreensão no Vale São Domingo uma busca e apreensão.

Todos os envolvidos presos prestaram depoimento na sede geral do Departamento da Polícia Federal (DPF), localizada em Cuiabá, e serão encaminhados ao Presídio Central do Estado (PCE) por não possuírem nível superior.

Uma coletiva de imprensa está marcada para às 15h no DPF, para esclarecer mais dúvidas sobre a operação.

Entenda o caso

De acordo com a PF, o inquérito policial foi iniciado em 2013 através de informações de inteligência coletadas durante a Operação Sentinela, do Ministério da Justiça, que identificou um grupo criminoso dedicado ao tráfico de drogas atuando no município de Pontes e Lacerda e circunvizinhanças, responsável por frequentes carregamentos de cocaína oriunda da Bolívia para os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Maranhão e para Europa.

Para atestar a qualidade do produto, os criminosos rotulavam a droga com a imagem do personagem “Superman”, seguida da palavra “Pancadão”, que remete ao líder da organização, existindo outras apreensões no país e no exterior de drogas com esta marca não relacionadas à operação Hybris.

A organização criminosa é fortemente estruturada e hierarquizada, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira, possuindo ligações políticas que culminaram na utilização de empresas fantasmas e contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o tráfico.

Para a deflagração estão sendo utilizados 220 Policiais Federais, contando com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal.

O nome da operação remete a um conceito grego que pode ser traduzido como “tudo que passa da medida, “descomedimento” e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.

(Com informações de Priscila Silva)

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