O Grupo de Atuação Especial Contra o Criem Organizado (Gaeco), já prendeu 35 pessoas, na “Operação Ad Sumus”. Desse montante, cinco referem-se a prisões ocorridas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Foram apreendidos também drogas e armas. No total, 50 mandatos de prisão foram expedidos nesta quinta-feira (24). As buscas continuam.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso, dos 50 acusados de envolvimento com o PCC no Estado, 19 já estavam presos na Penitenciária Central, Mata Grande, entre outras unidades prisionais. O grupo foi denunciado por associação ao tráfico de drogas e formação de quadrilha. Um dos integrantes também responderá por homicídio ocorrido no município de Poxoréo.
Segundo informações do Gaeco, a operação é resultado de investigações realizadas entre março de 2012 a junho de 2013. Em março deste ano, por exemplo, uma operação realizada pelo Gaeco resultou na prisão de um dos líderes do PCC em Mato Grosso, João Batista Vieira dos Santos, que foi preso com mais de uma tonelada de maconha.
A atuação do PCC em Mato Grosso começou em 1999, quando o atual líder ‘Marcola’ permaneceu detido por cerca de seis meses na Penitenciária Central do Estado, após ter promovido um roubo de aproximadamente R$ 6 milhões da agência matriz do Banco do Brasil, em Cuiabá. No dia 05 de junho, do mesmo ano, o líder e outros dois presos fugiram pela porta da frente do presídio.
Desde então, o grupo vem tentando se organizar e fortalecer a facção no Estado. Entre os recursos utilizados pelos criminosos estão ‘teleconferências’, onde os integrantes se interagirem em tempo real. “O PCC possui estatuto próprio e regras rígidas. Cada “irmão” deve contribuir com o pagamento de uma taxa mensal, esteja ele preso ou em liberdade. O dinheiro arrecadado é usado para compra de armamento e drogas, além de financiar a fuga ou resgate de integrantes da facção criminosa”, diz um trecho da denúncia do MP.
Em Mato Grosso, participaram da “Operação Ad Sumus”, 150 agentes do Gaeco e da Polícia Militar. O trabalho contou com o apoio do Comando Regional IV e VII da PM, Diretoria da Agência Central de Inteligência, Rotam, 25º Batalhão da PM, Batalhão Policial de Guarda, Gefron, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Segurança Pública e Promotorias de Justiça de Rondonópolis, Sapezal, Poxoréo e Poconé. Os Gaecos de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia e o GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas) também participaram da operação. (Ascom MP)