O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou nesta terça-feira (2) o acordo aprovado pelo Congresso para evitar os efeitos do chamado "abismo fiscal" e assegurou que constitui "apeas um passo" dentro de um esforço mais amplo de fortalecimento da economia.
Em um breve comparecimento à imprensa, Obama assegurou que a aprovação da lei que evita a alta de impostos para a classe média representa o cumprimento de sua principal promessa eleitoral.
O presidente reconheceu, no entanto, que o déficit do país "é alto demais" e se declarou "completamente aberto" a um compromisso para reduzi-lo de forma "equilibrada".
Obama advertiu também que não está disposto a entrar novamente em longas negociações com o Congresso sobre o aumento do teto de endividamento nacional. O Congresso, segundo ele, tem de proporcionar ao Governo os meios requeridos pelas leis que os próprios congressistas aprovam.
— Graças aos votos de republicanos e democratas no Congresso, vou assinar uma lei que sobe os impostos para os 2% mais ricos e evita, ao mesmo tempo, altas impositivas que teriam devolvido o país à recessão.
Obama agradeceu o trabalho realizado nos últimos dias por seu vice-presidente, Joe Biden, que permaneceu ao seu lado durante o comparecimento à imprensa, assim como a colaboração demonstrada pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner.
O próximo desafio será, sem dúvida, a busca de um acordo sobre a redução do orçamento federal, especialmente das despesas em alguns programas sociais muito populares. Sobre isso, Obama advertiu que a racionalização dessas despesas deverá acontecer junto com uma reforma do código fiscal que elimine os abusos e as lacunas que permitem a evasão.
Após o comparecimento, o presidente dos EUA empreendeu viagem ao Havaí para retomar as férias com sua família, que precisou interromper devido à crise fiscal.
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