Nova pontuação da F-1 facilita a vida de Alonso e cumpre meta de valorizar vitórias

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O sistema de pontuação adotado pela Fórmula 1 a partir deste ano cumpriu bem seu objetivo de valorizar as vitórias – e facilitou a vida de Fernando Alonso, o líder da temporada que pode ser campeão antecipado no GP do Brasil, no próximo dia 7. 

Alonso tem 231 pontos. Com o sistema atual, para ser tricampeão, o piloto tem de vencer em Interlagos e torcer para que Mark Webber, da Red Bull, com 220 pontos, não consiga ir além da quinta colocação. Os resultados de Lewis Hamilton, com 210 pontos, e Sebastian Vettel, com 206 pontos, não importam se o espanhol cruzar a linha de chegada em primeiro.

Pelo sistema adotado de 2003 a 2009, o espanhol estaria em situação mais complicada: ele teria hoje 93 pontos, contra 88 de Webber, 87 de Hamilton e 84 de Vettel. Se vencesse em Interlagos, o piloto da Ferrari teria de torcer por mais dois resultados: o australiano da Red Bull poderia ser, no máximo, o quarto, e o inglês da McLaren, o terceiro.

A situação de Vettel, por exemplo, seria mais tranquila: em caso de vitória no Brasil e quebra de Alonso, por exemplo, ele teria um ponto a mais que o espanhol; hoje, ficaria empatado.

Essa simulação mostra que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) alcançou seu objetivo ao mudar a pontuação: valorizar a busca pela vitória. Não é coincidência: Alonso tem uma vantagem mais confortável porque foi o piloto que mais venceu na temporada – cinco vezes, contra quatro de Webber, três de Hamilton e Vettel e duas de Button.

O regulamento usado até 2002, que dava 10 pontos ao vencedor e seis ao segundo colocado, havia sido descartado justamente para evitar que um piloto disparasse na frente – eram os tempos em que Michael Schumacher sobrava com a Ferrari. O segundo colocado passou a receber oito pontos, e a medida acabou saindo pela culatra: com uma diferença tão pequena, muitas vezes os pilotos se conformavam com a segunda posição. 

 

A partir de 2010, a busca pela vitória passou a ser a prioridade novamente, e a receita deu certo. A regularidade, por outro lado, foi valorizada com o aumento do número de pilotos premiados, de oito para dez.

O vice-líder Mark Webber foi o maior beneficiado neste caso: sua diferença para Hamilton, que seria de apenas um ponto, é de dez hoje porque ele só abandonou duas corridas e conseguiu dois oitavos lugares e um nono – em vez dos dois pontos que ganharia nessa combinação, somou nove. Hamilton, por sua vez, ficou quatro provas sem pontuar.

 

 

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